quinta-feira, 31 de julho de 2008

Perdi um momento...

Perdi um momento da vida para entender a minha alma, a minha razão de estar aqui. Sei que tenho de continuar o caminho, só não sei para onde. Talvez para onde o vento me levar, seguir a maré, olhar o céu e voar como os pássaros na sua jornada da vida.
Um dia pensei que sabia o que ía ser, onde ía estar, tinha a certeza do projecto que me foi destinado, mesmo não sabendo qual a verdadeira missão.
Agora já não tenho certeza de nada, o projecto é apenas viver, mas a verdadeira missão, sim, essa já sei qual é.
Feliz! É ser feliz! E acreditem, não é necessário muito para que isso aconteça. A felicidade está dentro de nós. Não vale a pena procurá-la lá fora, não vale a pena percorrer vales e montanhas para encontrá-la. Ela está dentro de nós. Não nos outros.
Os outros ajudam-nos a crescer, a evoluir, assim como eles próprios o fazem. Mas somos nós que temos de seguir a nossa jornada sozinhos. Não vale a pena procurarmos o amor nos outros. Quando encontramos o amor em nós, os que nos rodeiam entendem esse amor e também nos irão amar com as suas almas e a felicidade fluirá como a água do rio que corre leve para o mar, sem obstáculos. Apenas corre...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Sapatos Prada!

Andava freneticamente pelas ruas da cidade, com uma pressa que na realidade não tinha. Apenas sentia essa necessidade, nem sei porquê! Linda nos meus sapados agulha, Prada, com o meu esvoaçante vestido Oscar de la Renta e a minha mala Gucci, deslumbrante, maravilhosa, como toda a mulher se deve sentir!
Faltava qualquer coisa... E voilá! O cabelo, entrei no salão e pintei o meu sedoso cabelo num louro platinado, como uma sensual Marilyn Monroe. Senti-me melhor ainda. Só faltava o corpo, sim porque o resto teria de ir com o tempo...
Deliciei-me num maravilhoso day spa, com tudo a que tive direito, envolvimentos de algas, face lifting, hot stone massagem e um aromático chá de canela para me despertar os sentidos!
Noite a dentro, ao contrário do que se possa pensar, um jantar romântico? Não, não! Um jantar de amigas, regado com deliciosos cocktails e muitas, muitas gargalhadas à mistura. Um apontamento de fim de noite, dança, muita dança só nós, as amigas.
Tudo tão bom se realmente fosse essa a realidade das nossas vidas, não acham? Poder fazer o que nos desse na real gana, um sonho de qualquer mulher e meu certamente...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Sem paz...

Sem tempo, sem paz, senti uma enorme necessidade de aqui escrever, novamente.
Sei que o meu silêncio tem sido demasiado longo, mas assim fala a vida. E esse silêncio ainda é necessário, talvez agora mais do que nunca. De forma diferente, mas necessário.
Os dias passam, as noites, as madrugadas, o sol nasce, o sol põe-se e eu continuo aqui à espera do silêncio que não vem. Sinto que é dificil compreender-me, muitos não o conseguem, mas nem isso já me preocupa. Preocupa-me se a felicidade tem escolha, se é possivel optar. Penso que sim e ao mesmo tempo penso que não.
Volto atrás no tempo e verifico se valeu a pena. E sim valeu, valeu muito! Hoje tudo mudou, a vida, a idade, o sentimento, a paz e essa continuo à procura...
Não sei se algum dia a encontrarei, talvez baste um minuto para a sentir e talvez já a tenha sentido e nem tenha percebido, de tão preocupada estava a encontrá-la. Talvez num abraço, onde o sono vence e nos deixa sonhar, talvez, talvez...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Silêncio

O silêncio por vezes é tão necessário! Neste momento é!
Preciso silenciar para me encontrar, depois sim posso encontrar tudo e todos de uma outra forma ou então, simplesmente deixar para trás o que não é mais viável, o que não faz sentido, o que poderá ser um sorriso no percurso desta vida!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Lembrei a infância!

Hoje sinto a natureza à minha volta, sinto o vento forte, a chuva, o frio. Ouço o bater forte das ondas na areia, sinto a força do mar.
Recordei como era bom no inverno adormecer com o som do mar colado ao ouvido, através do buzio gigante que trazia até mim os sons do mar.
Lembrei a infância!
Hoje acho imensa graça como criava as minhas brincadeiras de menina, fingindo que eu mesma era a Primavera, rainha das flores e das cores. De como intitulava as outras meninas de flores, todas sob as minhas ordens e protecção. Lembro de como transformava as árvores em palácios encantados, e as rochas das encostas em coches de Cinderela. De como era a princesa mais rica do reino, pois todas as árvores enchiam-se de folhas e elas eram o meu tesouro escondido, dos potenciais intrusos do reino.
Tem graça, tem realmente muita graça! Era tudo tão fácil de transformar, de criar, de imaginar. Seria tudo tão bonito se pudessemos transformar a nossa vida em flores, árvores disfarçadas de palácios e um mundo cheio de cor e alegria, seria tão bom...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Chuva...

Não escrevo faz tempo, sinto falta. A emoção está toda cá, mas para além do tempo, os sentimentos conturbados não me deixam chegar a onde quero.
E saber o que quero, se quero, se sinto. Sinto sim, mas não tenho coragem. Medo sim, mas não consigo sair dele. E medo de quê? De ser feliz, de sentir uma felicidade, onde o que importa são os sentimentos, as pessoas e ir de encontro a uma liberdade que provavelmente nunca senti. Ir de encontro a um amor que o mais certo é nunca ter vivido.
Hoje é o meu aniversário. Nestas alturas pensamos muito, sentimo-nos nostálgicos, voltamos atrás no tempo e pensamos no que passou, no que não vivemos e poderiamos ter vivido e no que ainda está para vir.
Quero deixar entrar a luz do futuro, sem medo, sem nostalgia, sem voltar atrás no tempo e pensar num melhor dia ao acordar.
Chove lá fora, chove muito. Dizem que o dia está como nós nos sentimos muitas vezes, tristes, cinzentos. Eu penso que esta chuva é uma dádiva dos céus, vem simplesmente ajudar a limpar a alma, o corpo, vem lavar todas as cores cinzentas das nossas vidas e especialmente a nossa tristeza, pois a água é vida, é pureza, é como eu me sinto bem lá dentro, de onde vim e para onde vou.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Deixem-me silenciar...

Os dias passam e o tempo escasseia, parece uma autêntica corrida contra a maré. O tempo, preciso de tempo. Tempo para pensar, para fazer, para planear, tempo para tudo e para nada e acima de tudo, tempo para silenciar...
Necessito da paz do tempo para ver claramente o presente e pensar no futuro, um futuro incerto, mas talvez risonho, alegre e repleto de boas surpresas!
Mas deixem-me silenciar, no espaço e no tempo. Deixem a água correr e lavar tudo o que não é necessário, pois ela tudo transforma e tudo torna melhor, límpido, sem stress, sem palavras vagas e que magoam o coração, magoam a alma.
Não tem de ser muito esse tempo, basta algum para acalmar a alma, para conseguir visualizar melhor o que nos rodeia, o que realmente nos faz falta.
Sem o silêncio não é possível, sem o silêncio o mundo não circula, apenas abalrua-se pelos caminhos da vida e passa o tempo a tropeçar em tempos mortos, sem cor, sem luz. Por isso deixem-me silenciar por um momento, como se de um leve sono se tratasse, um sono de amor, um sono de dedicação...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Mar profundo!

Cheguei ao mundo das águas e mergulhei. Mergulhei num mar profundo de emoções, de sensações alucinantes, onde o azul predominou e acalmou o meu coração, a minha alma, os meu olhos. E sorri, sorri de felicidade, de bem estar, uma sensação zen que ainda está nos meus poros, no meu sangue.
E circula como uma droga pelo meu corpo não querendo sair, colocando o meu cerebro longe de tudo e de todos, vagueando pelo mundo das águas, de oceanos profundos e carregados de mistérios que não chegam à luz do sol.
Um profundo azul que não apaga o vermelho do fogo que também corre nas minhas veias e transporta para a minha vida o fogo da paixão, da loucura, dos extremos, das vibrações que fazem o coração bater mais rápido.
O importante é aprender a mergulhar nas águas e reencontrar o nosso mais puro sentimento, a sensação de colo e conforto que temos na barriga da mãe durante nove meses de gestação, onde respiramos e nos alimentamos da água, do amor.
Somos água, emoção, nascemos da água e é nela que estão os nossos mais límpidos sentimentos!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Vazio...

Acordei com a sensação de vazio. O tempo parece que parou para mim, estou num local que não conheço, está frio, desconfortável. Volto atrás no tempo, mas já não me identifico com o que encontro. Quero seguir em frente, mas não sei o que me espera.
Por vezes vemos a nossa vida a desenrolar-se de forma clara, como planeamos, sem atalhos e desvios. Eu não consigo enxergar seja o que for! A névoa é total e não consigo ir mais longe neste momento.
A tristeza invadiu todo o meu corpo, todo o meu ser e não consigo sair dela, preciso de um incentivo, de um sorriso, sei lá, de qualquer coisa.
Hoje, pela manhã, apesar do sol intenso, senti o vazio, nu e cru, sem cor, sem cheiro, sem luz. Apenas vazio, sem passado, sem futuro, apenas o momento, apenas o ar, apenas o presente, frio e sem perspectivas.
No entanto, os raios de sol conseguem ser mais intensos que todo esse frio e vazio que me assolou e não posso deixar de agradecer por isso. O sorriso pode não estar cá algumas vezes, mas há a certeza de voltar sempre. Fica uma musiquinha pra alegrar alguns sentimentos de vazio...

quarta-feira, 19 de março de 2008

À tua espera

Hoje apetece-me colocar algo que não é da minha autoria, mas que aprecio muito...
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti..."

Florbela Espanca

terça-feira, 18 de março de 2008

Sentir...

Senti o teu amor, a tua energia, o teu calor! No cair da noite a lua apareceu para nos sorrir e podes nem saber, mas sorri para ti e aceitei o teu amor!
Estás dentro de mim, sempre nas mais diversas formas e o sentimento de alegria cresce a cada dia que passa, apesar de todas as dúvidas, de todas as incertezas desta vida, sei que estás comigo. Não quis acreditar, ainda nem sei se será verdade, mas o sentimento é tão forte que não posso deixar de o sentir e de o ouvir bem cá dentro do meu coração!
O amor promete a felicidade, mas será que ela chegará? O medo chega nas mais sombrias formas e não me deixa ver mais além. A neblina bloqueia a visão e não permite o contacto com a luz!
No entanto , fecho os olhos e sinto-to cá dentro, sinto-te comigo tão intensamente que parece um sonho, um sonho do qual não quero acordar! E ficaria assim sempre, para sempre, com este sentimento profundo, de alegria, de felicidade e apenas porque és tu que estás no meus coração, na minha cabeça, na minha alma, no meu ser! Por isso leva-me ao céu para ver as estrelas, mas não me deixes cair, não me deixes ir...

Noite!

Falaram-me da noite! De como ela poderia ser vivida como o dia, ou seja, melhor que o dia. A ideia seria trabalhar de noite, divertir, sair, passear e tudo o que possam imaginar! Uma forma interessante de pensar, em que o dia serviria para dormir, visto a noite ser um elixir, um verdadeiro pretexto, em que as pessoas sentem-se mais soltas mais alegres, sem preconceitos!
Percebo a teoria de um sentimento em que o mistério é transmitido, existe uma energia diferente da noite para o dia, é a escuridão, o silêncio, as paixões, a obscuridade, um envolvimento que de certo encanta mais que o dia, a lua e as estrelas são exemplo de disso. Servem de sonho, de poema, de oculto para praticamente todas as almas!
Mas nasce o dia e que lindo ele pode ser, cheio de sol, de luz e amor! Sim, a luminosidade transporta tudo isso até nós. Se a noite é paixão e mistério, o dia é amor e luz, muita luz, que transparece todos os sentimentos e aclara as emoções.
E quando o dia termina e o sol se põe, cai a noite e sem dúvida que linda ela é, carregada de emoções ainda mais fortes, que transpareceram com o sol e brilham como estrelas no céu escuro...

quarta-feira, 12 de março de 2008

Sonhos de Inverno

Hoje não me saem da cabeça os meus sonhos de inverno. Poderiam ser sonhos de verão, como é normal gostar de ambientes quentes e alegres. Eu também os tenho, mas são estes sonhos de inverno que não me deixam o pensamento.
Não consigo esquecer a ideia das noites frias de inverno junto à lareira, com um chocolate quente nas mãos e ficar horas infinitas a conversar juntinhos e a observar o espetacular crepitar do fogo. Simplesmente não consigo...
A única coisa que sinto é que esses sonhos de inverno à medida que o inverno vai terminando, também começam a desvanecer-se e o que poderia ser uma realidade, neste momento é apenas um sonho, o meu sonho de inverno!
Tão perto e ao mesmo tempo tão distante. Neste momento, no meu sonho, o que seriam conversas longas e interessantes, sorrisos e carinhos trocados, danças sensuais que estimulariam os sentidos, não passam agora imagens esborratadas, quase sem definição, colocando um amargo gosto na boca, um sentimento de perda, que na realidade não existiu, nem existe. São apenas e tão somente os meus sonhos de inverno!

terça-feira, 11 de março de 2008

Lábios!

O toque suave dos lábios, quentes, doces, provocava um arrepio por todo o corpo. Um abraço breve, mas forte, tão forte que valia por uma vida. As palavras que pronunciavas ao ouvido, que provocavam cócegas e um sorriso contagiante.
Era assim, foi assim, pode ser ainda assim... Saudade!
Sentir os lábios percorrer toda a pele num intenso vibrar de sensações e deixar ir embora todos os pensamentos, esquecer o mundo e a vida, apenas sentir, sentir esses lábios desde a ponta dos pés até à cabeça e num intenso desejo, entregar o corpo e a alma às mais loucas e explosivas sensações...
Encontrar no rosto os verdadeiros sentimentos é papel que o beijo transmite, mais do que o toque, mais do que a transparência do olhar. E a procura incessante do amor passa por aí e o beijo tem de transmitir de alguma forma esse sentimento. Não há mal nessa procura, é afinal ela que move a vida, que nos leva mais além, que nos dá esperança para algo, seja amor, paixão, um desejo, uma ambição. E por vezes nem sabemos bem o que nos move, o que nos faz viver.
O beijo dá esperança, faz vibrar, promove o sonho, o mais doce e inocente sentimento de amor!

domingo, 9 de março de 2008

Confusão

O tempo, o tempo é pouco, quase não me tem deixado chegar até aqui e falar do que mais gosto. De emoções, de amor, de sentimentos bons e maus.
Tenho tanto para dizer, mas terá de ficar para outros dias. O tempo continua a escassear. Gostaria de expressar o sentimento de confusão, confusão de emoções, que se misturam pelas noites dentro, num sentimento escondido, vago, mas extremamente poderoso, que vai crescendo à medida que o tempo passa.
Confusão de querer e não poder, de ter e não querer deixar ir. Num solto encontro escondido onde todas as emoções se misturam e se fundem num beijo eterno e quente, contrária às noites frias de inverno que teimam em não ir embora.
O eterno aqui tem um papel muito importante, cresce também com sentimentos de paixão, de loucura, muita loucura que a noite trás. Sim a noite, fria e cheia de mistérios e que nos apaixona e nos leva às mais excitantes formas de transformação. Se o dia se torna noite, nós também nos transformamos e os sonhos tomam aqui o lugar de protagonista.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Anestesiada

Sinto-me anestesiada, drogada, sei lá... Mais pareço uma adolescente em final de noite, com uma ressaca descomunal e sem saber onde exactamente se encontra naquele momento!
As drogas já nada me fazem. Estou aqui com esta crise de sinusite, que mais pareço um zombie acabado de sair da campa, que mau aspecto, nem me olho ao espelho!
Queria agora estar num país tropical, longe daqui, sim, pois só no verão me sinto bem e não sofro desta treta tão incomodativa, nem quase dá para pensar. É um atrofio geral dos neurónios. O bloqueio no nariz é tanto que acho que o sangue e o oxigénio mal chegam ao cérebro. Por isso esta linda conclusão.
O mais engraçado é que dá-me pra gozar comigo mesma, valha-nos isso! Se eu o fizer e rir-me de mim própria, as coisas correm de uma forma mais leve e tenho momentos que me esqueço deste meu nariz entupido até ao cérebro, desta dor de cabeça que parece que vai rebentar e deste respirar pela boca que me seca tudo até ao estômago... Estou a ficar mórbida, mas deve ser deste meu entupimento de drogas que não servem de nada a na realidade vou deixar de tomar, ainda contribuem pra ficar mais pedrada e sem efeito, sem efeito, sem efeito, sem efeito...

terça-feira, 4 de março de 2008

Baaahhh!!!

Tou mesmo danada hoje! Quando se pensa que está tudo bem, tudo calmo, fica-se doente e pra ajudar batem-te no carro e destroem-no todo. Vá lá que não foi mais que danos materiais, mas fica-se com uma vontade de bater nestes anormais que andam por aí nas estradas todos armados em cromos.
E ainda por cima tens que andar a te chatear com seguros e oficinas, etc, etc... Valha-me Deus!
Nem sabem a vontade que tenho de bater no velho que foi-se enfeixar no carro que ainda estava tão sossegadinho e estacionado, sim, estacionado. Grande CROMO! Tirem-me esta gente das estradas por favor!!!
Para além disso, esta tosse terrível e esta estrondosa sinusite que não me deixa em paz, já lá vão duas semanas. Estou FARTA! Quero acordar outra vez esta manhã e fazer tudo de forma a que nada me perturbe e nada disto tenha acontecido. Haverá por aí alguma formula???

segunda-feira, 3 de março de 2008

Momento leve

Algumas ausências de escrita por falta de tempo. Por falta de vontade também, mas acima de tudo por cansaço.
Doi-me cada centimetro do meu corpo, o meu esforço fisico, por vezes leva-me à exaustão, mas o esforço mental também dá a sua contribuição. Sinto-me pesada, com os pés demasiado ligados à terra, da forma contrária à habitual. Prefiro andar nas nuvens, sentir-me flutuar por aí. Dizem que desconcentrai mais esta ligação à terra. A mim a situação é oposta, sinto-me viva, sinto o sangue a correr nas veias e a mente não desvia o pensamento, pelo contrário, faz-me bem, torna-me mais leve, solta, este doce flutuar.
Damos valor ao que não é importante e esquecemo-nos dos pormenores. E pensamos, será que vale a pena, devemos seguir por este ou aquele caminho. Já me disseram que se existem dúvidas o melhor é não ir, o melhor será aguardar por momentos mais propícios, mais leves, como eu gosto de os chamar.
Por isso acho que vou esperar pelo momento mais leve. Mas esperar sempre com um sorriso, até que este se transforme numa gargalhada...

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Olhares travessos

Sentia-te perto mas não queria olhar, a sensação era extraordinária. Perceber que o teu corpo estava tão próximo dava-me a sensação de intimidade, como se fosse sempre assim. Mas não olhei, era um prazer que me arrepiava dos pés à cabeça. Saber que percorrias o meu corpo com teu olhar.
Um olhar penetrante, que entra e percorre o teu ser como se estivesse nua por fora e por dentro, assustador, de cortar a respiração!
Pensei em olhar para ti de uma forma envergonhada, tímida, mas sei que o meu olhar não foi assim. Era um olhar travesso, brincalhão, como se quisesse brincar com os sentimentos e as emoções. Com os olhos semi cerrados olhei-te pelo canto do olho, talvez numa tentativa de ser sensual ou mais sexy, mais do que o protótipo normal de menina bem comportadinha.
Com o olhar travesso e um sorriso suave, sei que te conquistei, bastou olhar para ti e ver espelhadas as tuas emoções e o que na verdade desejarias fazer naquele mesmo instante, assim como eu também o sabia e também o queria, pois na verdade bastou o olhar... travesso e transparente como a água!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Paz

Hoje não vou escrever. Apenas deixo o desejo de poder estar no local do video deste post. Queria mesmo viajar para lá e por tempo indeterminado. Paz, muita paz...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Una noche de baile...

Acordei com a boa sensação que o dia ía ser bastante proveitoso e só existe um motivo para isso, o sol! Sim o sol, lindo, brilhante e hoje mais do que nunca, após dias tão cinzentos, foi quente, forte como eu gosto, cheio de luz e força.
Levei o dia de uma forma mais leve, sem stress, por mais que me quisessem aborrecer. Não há nada como o sol, dá-nos outro sentimento, alegria, bom astral. Lembra-nos o verão, as férias, os paraísos tropicais, o calor, as cubalibres e as caipirinhas.
E sonho com os dias quentes de verão cheios de sol que levam às noites ardentes e sensuais, repletas de ritmos calientes e que me fazem querer dançar, dançar até à exaustão.
Alguém se atreve? Quem quer dançar o cha cha cha, a salsa, a rumba? É sempre a abrir, una noche de baile...
Só para que saibam, o dia fez lembrar os de verão, a noite já caiu, quem sabe não pode ser tão cálida e apaixonante como as noites de verão. É só querer, tão fácil e indolor... Um sorriso, um passinho aqui e outro ali, deixar-se levar pela música e já está! Não há nada como tentar...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Às avessas...

O mundo anda às avessas e nem me dou conta. Vejo o que não quero ver, ouço o que não quero ouvir, falo vezes sem conta o que não sinto, como muitas vezes quando não tenho fome, sorrio quando só me apetece gritar, conduzo devagar quando só me apetece acelerar, sou simpática quando só me apetece ser trombuda, está sempre tudo bem quando na verdade nem está e este meu mundo deve andar mesmo às avessas...
Alguém me explica o que se passa aqui, serei eu ou serão os outros, estarei a ficar maluca ou nem por isso? Muito sinceramente era interessante perceber estas nossas vidas cheias de equívocos, mal entendidos, encontros, desencontros, loucuras e tédios de morrer.
Temos tudo e não temos nada. Passamos o tempo todo a preocupar-nos com mesquinharias, quando deveriamos dar atenção aos pequenos pormerores da vida, que muitas vezes são os que têm mais importância. É num sorriso, num abraço, num olhar, num beijo, numa flor, num verso, numa música, que encontramos o que procuramos, coisas tão simples e a maior parte das vezes esquecemo-nos delas ou não lhes damos a devida atenção.
É assim este nosso mundo às avessas, que nos faz ir contra as paredes sem reparamos nelas...

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O verão por favor!

Nuvens, frio, escuridão, chuva, muita chuva... Cansaço do inverno, de olhos tristes, rostos sem sorrisos...
Tragam-me o verão por favor! O tempo de sol, de calor, alegria. Dias que não acabam e que levam para a noite o sentimento extasiante do dia, com cores brilhantes e gargalhadas soltas. Parece que passou uma eternidade desde o último verão e não vejo a hora dele voltar.
Fazem-me falta os passeios junto ao mar, até ao por do sol, jantar numa esplanada qualquer de chinelos nos pés e com um vestido leve, dançar até me cansar. Fazem-me falta as caipirinhas apreciadas na rua ao som de um belo reggae. Fazem-me falta os longos dias passados na praia e os refrescantes banhos de mar, o cheiro a bronzeador de côco e as deliciosas bolas de berlim, que na praia têm outro sabor!
Na realidade faz-me falta o verão, com a desculpa de que tudo é mais fácil, mais feliz, mais leve. E o verão tem esse feitiço, esse mistério de transformar as pessoas, torná-las melhores, mais apaixonadas, mais desejáveis, mais bonitas. Neste inverno longo quando vou a um bar ou a um café e perguntam o que vai tomar, só tenho uma resposta, era um verão por favor! De preferência bem quente!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Vontades!!!

Hoje acordei sem vontade de acordar, levantei-me sem vontade de me levantar, saí de casa sem vontade de sair, realizei o que tinha de realizar sem vontade de o fazer, comi sem vontade de comer, até escrevi quase sem vontade de escrever...
Esperamos tantas vezes por tanta coisa que perdemos a vontade de o fazer. Primeiro vem a ansiedade, depois o tédio, logo a seguir, a ansiedade novamente, depois o desânimo, Respira-se fundo e ficamo-nos a perguntar, valerá a pena o esforço, a ansiedade, o entusiasmo??? Se calhar nem por isso... Cansa, sabem?
E eu estou a ficar cansada. Depois a solução com que me deparo é olhar em volta e observar, observar, observar. Chego à conclusão que existe muito para tirar partido, para criar outras vontades, já que esta que tenho está cada vez mais escassa, cada vez mais longe.
Alguém me apresenta a uma vontade nova, ou terei de ficar com esta que está a ficar gasta e sem esperança? Ou então aceito as novas vontades que querem estar por perto e que são de facto muito tentadoras, quase irresistíveis... Devo ou não trocar estas vontades enganosas e com promessas não cumpridas???

Animais...

Sinceramente hoje estou num dia muito estranho, ou nem por isso. Não sei porquê, mas estive o dia todo com uma estranha tentação de comparar as pessoas que me apareciam pela frente com animais...
Então algumas... quase me ria na cara delas, mas que imaginação! Eram porcos, vacas, cães, gatos, macacos, pássaros, toupeiras, cobras, lagartos, etc, etc. Parecia quase o jardim zoológico. Engraçado como certas atitudes e reacções de algumas pessoas se parecem com as dos animais. É hilariante!
E depois ponho-me a pensar, será que eles, os animais, não pensam o mesmo de nós??? Que somos umas grandes bestas que andamos para aqui armados em chicos espertos? Se calhar até pensam, nós é que temos a mania...
Já pensaram se fosse ao contrário, nós eramos as vacas e as galinhas e os porcos e viviamos felizes nas quintas até nos acabarem com o cebo e irmos parar a um lindo pratinho de um macaco qualquer??? Era lindo era... São só delírios, não liguem :)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Inevitável!

Sentada sozinha naquele restaurante tão especial e distante, pensava em mim e na minha vida, no meu tudo e no meu nada, na multidão em volta e na minha solidão. Observava o conteúdo do copo que tinha nas mão, quando rompeu a música e por mais moderna e insignificante que fosse senti um calor que me envolveu e me arrepiou.

Fez-me lembrar a adolescência e como tudo era leve, sem compromissos e obrigações. Um sorriso certo escapuliu dos meus lábios. Inevitável!

Um casal apaixonado começou a dançar ao som desta música sem tirar os olhos um do outro, num desejo visível e apaixonante. Deixei-me levar naquele ondular enamorado, com se conseguisse sentir todo aquele ardor, toda aquela paixão. E voltei atrás no tempo, mas também imaginei o futuro e uma emoção assim...

Ainda hoje lembro-me do casal e como aquela música marcou o momento. Sempre que a oiço penso naqueles olhares de cumplicidade, de fogo, de amor. Em silêncio de palavras, apenas o abraço, o olhar, o sorriso e a música. Nada mais seria necessário, nada mais...

Lembrei-me de ti!

Hoje lembrei-me de África e do amor que sinto por pessoas que lá se encontram e que fazem parte de mim. Lembrei-me daquele calor tão diferente, do cheiro intenso a terra molhada, das estradas intermináveis de terra vermelha, dos sons dos pássaros e de outros animais que nem reconheci, assim que a noite caía. O deslumbrante pôr do sol, tão lindo, tão intenso, tão vermelho!
Sim, vermelho, uma cor muito característica da mãe áfrica, tão minha, tão dela, sim, dela! De uma amizade para sempre e que não se desvanece com o tempo, mas sim, fica a saudade. E que grande ela é, majestosa como África.
Recordei-me da viagem pelo deserto, quase a morrer de sede e a falarmos de feijoadas e bacalhau das mais diversas formas, a nos deliciarmos com o resto dos mentoos que tinha na mala, ao som de uma música tão especial para nós, para ela... Ouvida vezes sem conta, quase até riscar-se o cd e ninguém mais poder chegar perto de nós, de tanto nos ouvir a cantá-la...
Sei que voltarei e rumaremos pelo deserto rumo à praia, para um mar repleto de tubarões, que não nos fez qualquer diferença e também não o fará então!
Para ti, meu anjo!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Cor interna!

Por segundos se estraga uma vida ou mais, por segundos se ama alguém que não se esquece para sempre. Basta apenas um momento para tudo começar ou para tudo acabar. A ingratidão da vida é simplesmente um ensinamento e carrega lágrimas ou sorrisos.
O momento pode ser um segundo, um minuto, ou até mesmo uma vida. Vivemos com o sentimento virado para a razão, quando deveria ser o amor, a paixão a entrar nas nossas vidas de uma forma mais natural. Passamos o tempo a tentar encontrar os sonhos e não olhamos pra dentro de nós e isso sim temos de encontrar, a nossa essência, a nossa cor interna, é lá que eles estão, os sonhos.
Andamos por aí numa asáfama e não paramos para pensar no que realmente importa, no que realmente nos faz feliz. É pena que andemos todos aos trambulhões, quando o mundo é muito mais que isso, é intensidade, é primavera, é paixão, é amor, é rir, é correr pela praia com os pés a chapinhar na água, é sentir a chuva a cair e correr para ela sem medos e restrições.
Não há que ter medo, procurem a vossa cor interna e a vida será mais fácil, mais leve, mais gentil!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Continuo na loucura!

Ás vezes estou tão quietinha, não que isso seja totalmente bom, mas é bom. Quando de repente aparecem as situações mais loucas e nos fazem pensar, imaginar coisas e eu na verdade ando muito no mundo da lua, ultimamente então parece que não paro por aqui, alô planeta Terra!!!
Vagueio pelas mais arrebatadas fantasias, como se de realidades se tratassem, mas gosto de ser assim, meio demente, afinal não o somos todos um pouco? Parece-me a mim que sim.
E gosto de assim pensar, sentir a loucura como um todo de nós, como uma roupa que se veste hoje, ao fim do dia vai para lavar e no dia seguinte uma outra. Assim são também as minhas demências, os meus pensamentos e devaneios de loucura, que perduram por momentos, mas são meus apenas meus e só de quem eu os quiser partilhar...
Nos meus momentos, crio as mais etéreas fantasias, são como os cigarros que se fumam num breve instante e sobram somente as cinzas para contar a história. Não contarão tudo, mas ficará a essência e eu continuarei assim nesta minha loucura privada e só minha, que também poderá ser tua, como se nada existisse, nada!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Loucura!

Longe, perto, muito perto. Sinto a vibração, a tua energia, quase como se sentisse o teu respirar, a tua essência, o teu ser.
Sei que és assim, assim como eu, a minha metade. Não perguntes como sei, apenas sei. O aroma a canela envolvia definitivamente o ar e eu tinha aquele vestido, que era para a minha pele. O ambiente cada vez mais quente e eu dancei para ti...
Só para ti...
Sentir o teu calor, tocar no teu corpo, sentir os teus lábios... nos meus! Envolver-me na tua voz, certamente doce, para mim sempre. Não perguntes, apenas sei...
Só quero sentir-te, ouvir-te, reconhecer o teu cheiro, olhar para ti! Deixar-me levar nesta onda de emoção tão intensa, tão escaldante, tão minha e tua, tão nossa, tão fechada e misteriosa, num desejo prestes a explodir, prestes a levar à loucura, nem que seja nos sonhos mais loucos, que na realidade não são loucos, são simplesmente sonhos, sonhos de nós e que tendemos em esconder, como uma capa de protecção que não nos leva lugar algum, muito menos ao local dos nossos sonhos mais íntimos... Por isso vem, vem até mim!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Não sei

Não sei o que sinto, não sei o que quero, não me sinto bem. Na verdade sei o que quero, mas estou cansada, exausta. Isto ás vezes chateia, faz-nos perder as forças.

Hoje vim até aqui dizer que não me apetecia escrever, também é uma forma de me expressar, no entanto, escrevo. Hoje faltam-me palavras, ficam só as emoções. Sinto o coração na garganta, quase a saltar. Penso muitas vezes que era preferível que explodisse. Estarei a sonhar, se sim, não sei se quero, não sei se é medo isto que sinto, mas provoca-me a sensação de arrepio, de desconhecido.
Afinal é ou não é? Posso ou não posso ir? É-me permitido avançar? Simplesmente não sei e preciso de um sinal, um só sinal, será assim tão difícil? Onde estará, será que o encontrarei numa simples rua... escura?
Hoje não digo mais nada, sinto-me exausta, apenas exausta...


terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

O principe encantado!

Hoje lembrei-me desta linda história que já tem algum tempo e reza assim...

Era uma vez ...

Uma menina bonita que vivia num castelo, num mundo encantado, com o seu rei, onde tudo era bom, onde todos eram felizes, assim pensava ela, na sua inocência... Num dia comum como todos os outros, apareceu um cavaleiro no reino e não se sabe bem porquê encantou-se com a menina bonita. Todos os dias visitava-a e com os seus sonhos e palavras meigas foi fascinando a menina. Apesar de saber que a menina tinha o seu rei, isso não pareceu importar o galante cavaleiro, até mesmo chegou a convidar a menina a visitar o seu palácio encantado...

Mas os sonhos desvaneceram-se e o cavaleiro desapareceu, sabe-se lá porquê, puuff, tal como fogo de artificio, que chega, com brilhantes, barulho, confetis e encantamento e logo a seguir desaparece como um fumo branco que é levado pelo vento. Devia pensar que a menina bonita era alguma bruxa má, mas enganou-se! A menina nao é má e ficou muito triste com tanta parolice... Afinal o que foi dito parece que nao passou de invenção, ou era a famosa cantiga do malandro... Como seria bom olhar para ti... como seria bom adormecer ao som da tua voz... afinal dependia totalmente da menina estar com o cavaleiro encantado, ou seria mais sapo disfarçado de princípe??? Venha o diabo e escolha...

Ah ah ah! Adoro esta história, é hilariante!!!


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Continuo a vaguear...

Não consegui chegar aqui. Queria escrever, mas não tive tempo. Enquanto se passava um fim de semana bem movimentado, pensava no que escrever e não podia. As palavras fluiam na minha mente, mas não tinha papel, nem caneta, nem computador, apenas sapatos de dança, maquilhagem, brilhos e adereços.
O meu corpo estava muito ocupado entre rodopios, piruetas, palco, aplausos, público e a minha mente vagueava entre a realidade e os sonhos.
Hoje acordei numa realidade diferente, uma que nos leva a vôos mais profundos. Digo ao mais profundo de nós. Experimentei a meditação, aquela que nos leva ao conhecimento de nós e nos deixa mais leves, mas soltos, mais nós!
Não me digam que existem coincidências, as coisas aparecem por algum motivo e é interessante como conhecemos pessoas que têm algo em comum, mas no entanto, são tão diferentes e trazem-nos tantas experiências novas, que nos podem ser úteis para a vida.
Tudo vale a pena nesta maravilhosa vida. Sim, por muito má que ela possa ser, a sua essência é amor, muito amor, amor incondicional por tudo o que existe, por tudo o que nos rodeia!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

My cat!


Suavemente passaste as tuas mãos na minha cintura, num movimento um pouco tímido. Aos poucos começamos a seguir a música que tocava. Olhos nos olhos, que eu não conseguia manter. Sentia arrepios, as pernas bambas. Quase não acertava nos passos ao sentir o teu corpo colado ao meu...
O ambiente estava quente e relaxado, a lareira acesa, a música que nos levava para além do pensamento e eramos só tu, eu e o gato!
Sim, não poderia faltar este elemento tão importante numa história tão romântica, afinal a piada também está nos pequenos pormenores.
E não é que o gato estava com ciúmes e não esteve com meias medidas, jogou-se às perninhas do rapaz e quase saía picadinho se eu não o tivesse agarrado a tempo.
Resultado: O gato foi fechado na cozinha e ficou a estragar tudo o que podia. Quanto a ele... Pois, tiveram de ser feitos alguns curativos e bastante apoio psicológico...
Moral da história, no fundo o gatinho veio dar uma ajudinha engraçada à coisa.
É só pra sorrir um pouco. Desejo um maravilhoso fim de semana a todos!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Nuvem leve

Acordei com vontade de não sair da cama, mas tinha de ser... Parece que a noite não existiu, passaram apenas minutos e eu não dei por isso. Onde estava eu? Provavelmente nalguma nuvem a saltitar, a rebolar, longe, longe...
Ok, mas tive de acordar! Pensei que o dia fosse pesado, mas não. Passou leve, leve, calmo. Fez-me sorrir, como tudo o que é bonito nesta vida. Posso continuar então? Se me quiserem acompanhar, estarei aqui com o meu melhor sorriso e sim é bom sorrir, rir, dar gargalhadas sonoras, especialmente fazer alguém feliz! Será isso possível?
Penso que sim. Às vezes parece dificil, mas está mais perto do que sonhamos, muito próximo de nós, tão próximo.
Basta simplesmente, um toque, um olhar, um beijo ou um sorriso. Tal fácil, tão fácil de dar, é só querer!
Por hoje apenas desejo uma longa noite de sorrisos, ou quem sabe de nuvens fofas e leves, leves...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Não me obriguem...

Estou com vontade de desaparecer novamente, alguém pode levar-me até à máquina do tempo? Ofereço recompensa! Isto é de doidos, ora muito, muito, demasiado, tudo, tudo, ora nada, nada, nada. Assim não dá... Tirem-me deste filme!
Como pode a vida ser tão ingrata, ter o possível, o real e o que se deseja fica apenas pela fumaça que desaparece no ar. Estou a ficar cansada e não quero, não sou assim. Não está em mim, não me tirem o sorriso, não me tirem esta alegria que é só minha e que dá, dá muito, muito de mim.
Entras e sais, vais e voltas, não quero... Não sou assim, continuo a dizer. Sem palavras, sem voz, sem toque, sem cheiro, sem emoções. Cansa! Não é viável. Serve apenas de inspiração e essas tenho muitas e não quero. Não me obriguem a dizer não, não me obriguem a gritar.
Deixem-me respirar! E tu, inspiração fora acesso, definitivamente, fica e deixa o teu sorriso entrar ou então vai, vai para sempre e não voltes, não voltes mais...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Carnaval

É folia, é só folia! Dançar, dançar, máscaras, confetis, samba, é Carnaval, mas sinceramente, não acho muita graça. Nem consigo divertir-me assim tanto como alguns parecem fazé-lo.
Quando era miúda adorava disfarçar-me de princesa dos reinos longínquos ou de dama antiga, como dizia a minha mãe. Andava sempre a fugir dos loucos que se divertiam a sujar as pessoas com ovos e farinha e sabe-se lá mais o quê... Hoje em dia isso já não me diz nada, deve ser a idade!
Parece que andam todos os diabos à solta nestes dias, as pessoas mascaram-se com as mais diversas fantasias, na minha perspectiva, na esperança de esquecer por algumas horas quem são e fazer mesmo o que lhe apetece, mas no dia à dia não podem ou não têm coragem...
É mais uma forma de procurar alegria, diversão. Uns conseguem, outros ficam apenas pela tentativa... Eu não me encontro em nenhum desses casos, simplesmente não procuro essa alegria, ela chega até mim de outras formas!
E viva o Carnaval! Yupi!!!
* Uma musiquinha anexa do Brasil, mas não o samba do Carnaval...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Começo

Segunda-feira, começo da semana. Para mim, começo de muita coisa, novidades, novos horários, pessoas novas, diferentes. E isso é bom, muito bom!
Num universo em que lidamos todos os dias com as mesmas caras, é bastante agradável conhecer outros rostos, uns mais novos, outros mais velhos, mas acima de tudo gentes com novas ideias, outros sonhos, outras perspectivas de vida e muitas vezes grandes amizades se esperam.
Ou não! Só o tempo o dirá, mas eu acredito no ser humano e na sua boa essência. Se não acreditassemos o que seriamos nós, senão animais irracionais? Por isso, e até provas ao contrário, todos somos um estrondo e não me venham com tretas que este ou aquela sãos maus como as cobras, há sempre uma alminha que gosta dessa pessoa.
E nos novos começos dou a maior importância às pessoas, sim, porque tudo o resto são complementos para nos embelezar, sendo para alguns positivo ou não. Para mim, são, mesmo que esses adornos não sejam muito positivos, há sempre qualquer coisa que aprendemos com eles. E isso acima de tudo é viver!

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Mundo meu

Quero fugir! Levem-me por favor para outra cidade, para outro país, quem sabe para outro planeta?
Não quero estar aqui, no entanto, isto faz parte de mim, não posso fugir. Quem me dera vaguear pelas ruas sozinha, olhar em volta e não conhecer ninguém, entrar numa casa que não conheço, mas que na realidade é a minha. Quero gritar, gritar muito até não ter mais voz e ficar em silêncio, sim, num silêncio cortante, mas confortante. Aquele que sabemos que nos acalma.
Queria estar num lugar que adoro, talvez imaginário. No local que na verdade gostaria de viver e não posso. E não posso porquê? O que me prende, quem me prende? A não ser a minha própria mente. Certamente o meu espírito estaría lá neste momento e como é natural para mim, não voltaria.
E porquê? Porque o meu mundo mudou, a minha alma mudou, o meu corpo também já não volta atrás.
Talvez viva no universo da lua, cheio de fantasias, fadas madrinhas, duendes, histórias de príncipes e princesas que viveram felizes para sempre, mas é essa a minha essência e isso não vai mudar em mim e também não quero que mude, pois esse mundo, é um mundo melhor, onde podemos tilintar com a varinha mágica e modificar tudo o que quisermos, mesmo tudo...
* Hoje apenas silêncio, parece-me bem...

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Mundo das arábias

Entrei no mundo das arábias por acaso, mas não foi por acaso que fiquei. Fiquei porque fascinou-me a forma sensual e misteriosa como as bailarinas de dança oriental controlam todo o seu corpo, movem o ventre como ninguém, ondulam em movimentos sensuais, como se de autênticas cobras se tratassem.
Lindas, nos seus trajes cobertos de moedas que cintilam e deslumbram com o famoso shimir, onde todo o corpo vibra e balanceia de forma majestosa. Ora umas vezes suave, ora frenética, onde o sangue aquece e faz pulsar quem é presenteado com esta fantasia do mundo oriental.
Mas não se enganem, não é facil conseguir dominar esta arte milenar, é necessário muito treino, muita dedicação e acima de tudo, muita paixão, paixão pela dança, paixão por este mundo de mouras encantadas e harens coloridos.
É dança do véu, drum solo, dança da espada, do candelabro e mais e mais e mais, numa infinidade maravilhosa de sons e vozes de enfeitiçar, que nos levam ao reino deslumbrante das mil e uma noites e de lâmparinas encantadas onde o génio nos brinda com os mais admiráveis desejos...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Montanha russa

A vida é realmente um tratado. As pessoas deixam de viver e ser felizes à conta do que pensa a sociedade. É impressionante como deixamos de fazer isto ou aquilo, só porque nos preocupamos com o que os outros vão pensar de nós.
É tão simples e ao mesmo tempo tão complicado. Há quem me fale de relações em que as idades são muito diferentes, homens muito mais novos que as mulheres ou as mulheres muito mais novas que os homens. A mulher divorcia-se e não pode ter alguém, afinal o que vai pensar a tia, a prima, a vizinha, a amiga da vizinha, o cão, o piriquito, etc.
Que se lixem os outros, por acaso são eles que vos trazem a felicidade, o bem estar e o bem viver? Acreditem que não! Se vos apetece pular, gritar, pintar o cabelo de vermelho ou de azul, vestir uma mini saia aos cinquenta anos, porque não? Porque tem de ser tudo tão certinho?
Não digo que se comece por aí a enloquecer e a perder as estribeiras, mas um pouco de loucura é sempre saudável e a nossa sanidade mental melhora muito. Andariam por aí rostos muito mais sorridentes!
Por isso, não se inibam, percam a vergonha, façam o que lhes der na real gana, o que lhes apetece e não têm coragem. Divirtam-se, estamos cá muito pouco tempo e a vida é isso mesmo, uma montanha russa!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Eles nada seriam...

Os homens têm uma graça inimaginável. Se lhes damos muita trela, somos oferecidas, não somos dignas de ser levadas a sério, se damos muitos cortes, estamos a fazer-nos difíceis e acham que já não tem interesse, ou armadas em boas. Na verdade acho que muitos gostam de andar tipo caezinhos, a babar até conseguir o que querem. Quando conseguem, dão de frosques... Haja paciência para tamanha indecisão!
Já viram bem o que uma mulher tem de aturar, ainda bem que temos independência suficiente para mandarmos no nossos narizinhos. Se andássemos para trás no tempo, aí uns quarenta, cinquenta aninhos, coitadinhas de nós, já para não falar nas nossas queridas avós e bisavós.
Hoje em dia eu penso que eles sentem-se um pouco intimidados com a nossa liberdade, com o nosso poder, que no fundo, apesar de ainda não ser completo, já lhes faz um pouco de sombra. Que chatice!!!
Cá estaremos para os chatear, para os irritar, para os fazer perder a paciência e sobretudo, estaremos cá sempre para os amar, para cuidar deles, sim, pois não sabem o que fazem... Estaremos cá para os alegrar, para se sentirem amados, adorados. Mas acima de tudo estaremos cá, pois sem nós, eles não nada seriam!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Só porque é bom!

Não sei o que é isto hoje. Sabem o que é sentir como se estivessem num carrocel, numa balança, que te inclina para um lado ou para o outro totalmente oposto? Pela manhã uma alegria deliciosa, onde só tinha mesmo vontade de andar aos saltos por tudo o que era sítio e rir, rir muito, mesmo do que não tem graça nenhuma.
Logo a seguir recordas-te da realidade em que vives, em que estás inserida e essa alegria transforma-se em tristeza, mas numa emoção que te sufoca, asfixia. Talvez seja esta vida que provoque este sentimento de sufoco e talvez seja mesmo necessária a coragem para rasgar as páginas do livro que já leste, que já estão ultrapassadas, apagadas pelo tempo e pelo sentimento.
A alegria que senti esta manhã é como aquela que te sacia os sentidos quando te recordas daquela linda boneca que recebeste pelo teu oitavo aniversário e que até hoje é conservada religiosamente no armário como se fosse uma obra de arte.
Melhor do que isso será sentir as famosas borboletas na barriga e insistes em dizer que não tens nada e que está tudo bem. No fundo está mesmo tudo bem e melhor fica quando sentes o coração bater mais alto, mesmo muito alto! E sorris, sorris muito, só porque sim, só porque é bom, muito bom!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Esperarei sempre...

Esperei, esperei por ti...
E tu não chegaste. Passou um autocarro, a seguir mais um e mais um e mais... E eu aqui sem saber mais o que esperar. Nem uma chamada, nem um sms, nem nada. Não haveria desculpa...
Era apenas o vazio que pairava no ar e em mim. Se o telefone tocasse ficava em sobressalto, mas não eras tu, nunca eras tu!

Na esperança de te encontrar, iludi a minha alma de sonhos, imaginei películas de encantar, viagens ao sol, à lua, às estrelas, mas tu não chegaste. Seduziste-me com tuas doces palavras, enfeitiçaste o meu coração, mas não vieste, como prometeste!


Aqui sentada na paragem, observo quem chega, quem espera e recebe de braços abertos e sorriso largo. De olhos vazios, expressão inexistente, continuo aqui e nem sei porquê, não devo, não há razão. Tu não estás aqui.


Sinto esta tristeza que apenas tu podes acalmar e permaneço aqui a olhar quem chega para alguém, e quem parte com alguém. Nesta espera incessante o sol insiste em brilhar e eu esperarei, esperarei sempre...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Parti uma UNHA!

Há dias dificeis, para nós mulheres.
Levantas-te sem vontade absolutamente nenhuma, são 07:30. Olhas-te ao espelho toda desgrenhada e quase morres de susto, como é possível, após um belo sono de beleza. Banho! A água que não aquece... Depois já bem acordadinha, pequeno almoço a correr, mas as torradas queimaram enquanto te maquilhavas, esquece!
Vais para o carro, não pega! Respiras fundo dez vezes e voltas a tentar. Pegou! Com isto tudo, mais o trânsito, mais o estúpido que te queria levar à frente e ainda pensa que tem razão, chegas atrasada ao trabalho. Entras de mansinho, mas lá está a sonsa da colega a olhar o relógio, não dizes nada, apenas sorris, mas tens vontade de lhe assar no forno... Era giro!
O chefe que não te larga com projectos hilariantes e sem nexo, mas tens de dizer que são o máximo, um sucesso certo, daahh!
Hora de almoço, finalmente! Almoças com as amigas, ao menos uma hora boa. O prato escolhido tem molho que nunca mais acaba e por passo de magia sujas a tua linda camisa Dolce & Gabanna. Ficas pra morrer, que mais te pode acontecer...
Voltas ao trabalho e tentas disfarçar a terrível nódoa. Sem muito efeito...
E o que pode piorar num dia de uma mulher, mesmo muito, mais do que encontrares o teu namorado com a tua suposta melhor amiga ou perderes o emprego por exemplo?
És simpática com o teu colega da frente e ajudas a carregar uns dossiers e terror dos terrores, não é que se parte uma unha, uma UNHA, e acaba-se o mundo! É a gota de água, a cereja no topo do bolo e ficas a chorar o resto do dia...
Poderia ser assim, não era? Mas não somos assim tão fúteis... Brincadeirinha pessoal, brincadeirinha!!!

sábado, 26 de janeiro de 2008

Vida vai, vida vem

A vida tem coisas engraçadas e que na verdade não têm graça nenhuma. Agora estamos bem, logo a seguir acontece qualquer coisa que nos muda o destino para sempre e isso pode ser bom, mas também pode ser mau, muito mau. Ou então estamos vivos e deixamos de o estar, assim como se sopra uma vela, ou como se desliga o interruptor da luz.
Será justo a forma como partimos, a forma como morremos? E se nos vamos, é para onde a viagem, será bom ou mau, vamos encontrar alguém conhecido ou não?
Não sabemos o que nos espera, mas a curiosidade para o que está para além da cortina da morte é sem dúvida um mistério que sempre nos acompanhará. Há quem diga que morremos e tudo acaba, há quem diga que viveremos outras vidas, existem ainda aqueles que acreditam na separação das almas pelo céu e pelo inferno. Há quem chame a morte de desencarne, saimos do corpo e continuamos a viver numa outra dimensão.
O facto é que na verdade ninguém sabe o que se passa para lá desta fronteira e a morte aterradora para todos nós, ou talvez só para alguns, consegue levar-nos quem amamos, quem mais precisamos e não escolhe hora, nem idade, nem local. Quando quer apenas chega e leva o que lhe apetece, ou será que o momento certo está estipulado lá nos horários do céu?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Doce flutuar

Acordo, pareço flutuar, não saber onde me encontro. O sol brilha lá fora e já vai bem alto, eu apenas flutuo, sem pensamentos, sem emoções, como quem vagueia pela estrada sem rumo, sem destino... Como um pássaro que voa livremente neste imenso céu de sentimentos.
Vivo o presente com a esperança do amanhã. Sinto a aura que me envolve de luz e amor e quero mais, quero mais dessa energia, que me é presenteada por anjos celestiais. A luz que atravessa fria o meu corpo e que aquece demoradamente o meu espírito. É a Luz do Universo!
Não existe descrição possível para este estado de alma, assim como não se explica o Nirvana, não há forma de exemplificá-lo. Apenas podemos senti-lo, vivé-lo!
Doce flutuar este que vivencio e não quero perder, não quero sair, apenas posso dar. Sim! Não o posso explicar, mas posso dar a conhecer e a amar. E para quem o desejar, eu cá estarei para o presentear, pois é uma dádiva recebida, não apenas minha, mas de quem a quiser encontrar!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

It´s Show Time!!!

Últimos preparativos, correria nos camarins, preparam-se adereços, maquilhagem, cabelo, perucas. A imagem tem de estar perfeita!
Cantores que afinam suas vozes, actores que decoram suas últimas deixas, bailarinos aquecem seus corpos, pessoal técnico coloca todos os pormenores a postos para começar o espetáculo.

Pessoal faltam dez minutos! E os nervos começam a crescer. Pessoal faltam cinco minutos e toda a gente não vê a hora de começar. Pessoal falta um minuto, grita o contra-regra. É agora, toda a magia vai começar, mesmo que por poucas horas, mas vai começar.

Soltam-se as pancadas de Molière, rompe a música...

Senhoras e senhores desliguem os seus telemóveis, não é permitido filmar ou fotografar.

O espetáculo vai começar!



quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Olhares...

Dizem que os olhos são o espelho da alma...

Por vezes penso que não, por vezes penso que sim. Os olhos escondem tantas vezes sentimentos, emoções, que só as lágrimas conseguem mostrar.

Com os olhos vislumbramos toda a beleza do mundo, presenciamos os milagres da natureza, conseguimos ententer-nos sem ser necessário uma única palavra. Mostramos emoções, alegria, desalento, paixão, ódio, irritação, amor, tédio e um interminável continuar de sensações.

Um olhar marca um momento, muitas vezes diz tudo o que necessitamos saber, pra ficar ou pra partir. Quero perder-me no teu olhar, sentir-me tua, sentir a tua emoção. Vaguear nos teus olhos, como num deserto sem fim, como num oceano profundo que esconde os mais misteriosos e belos segredos... Quero experimentar esse teu profundo olhar!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Lua

Lua minha meu amor, que tão triste me deixas quando te vais. Hoje rejubilo com tua força, pois encontras-te no teu mais belo explendor. Cheia, brilhante, maravilhosa, mas no entanto tão longe, tão distante.
Só tu ouves meus murmurios, só tu entendes o meu coração, só tu iluminas minhas noites nesta longa escuridão, que parece não ter fim. Misteriosa, oculta, vejo-te assim como tão belo elemento do universo, inatingível, sim, como algo que procuro e não encontro. Mas como és a inspiração de muitos sonhos, também o meu sonho é iluminação do teu luar.

Inspiras poetas, envolves namorados, adormeces crianças num suave embalar, ouves lamúrias sem reclamar e eu sonho, apenas sonho com o teu fascinante feitiço.
E que sedutora és, pois vestes-te de prata e iluminas o céu adormecido. Levas-nos à melancolia que sentes, à saudade pelo amor que vibra em ti por toda a eternidade. Sofres no silêncio da noite o amor que não podes ter, mas terás sempre as estrelas numa amizade perpétua para te aquecer...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Segunda-feira

A segunda-feira poderia ser como um outro dia qualquer, mas para muitos, é mesmo um dia de sacrifício!
No final de Domingo começa-se logo a pensar que no dia seguinte já é segunda e que sensação estranha, de aborrecimento mesmo.
Para mim não, é apenas mais um dia. Entra-se ao trabalho com um mau humor de morrer, sem vontade para nada e o desejo abismal de ter ficado a dormir!
Poderíamos pensar neste dia como se fosse o início de mais uma étapa, o começo de qualquer coisa, pode até ser um dia muito bem vindo e produtivo, basta querer!
Mas claro, compreendo que a seguir a dois maravilhosos e curtos dias de descanso, a segunda-feira não seja realmente bem vinda e não há nada a fazer, apenas um pouco de boa vontade e um sorriso nos lábios. Afinal, deve ser bem menos penoso com uma atitude positiva. E vá lá, amanhã já é terça-feira!

domingo, 20 de janeiro de 2008

Mergulhei e esqueci...

Mergulhei na água quente e esqueci...
O ambiente estava morno, suave. Na banheira, pétalas de rosa baloiçavam à superficie. Com um leve aroma a canela e sais frutados que se misturavam, entrei na água como se de um ritual se tratasse. Rodeada de velas com suas chamas cintilantes, deixei-me ir e senti o calor. O calor da alma que aos poucos relaxa e deixa o corpo adormecer, embalado nesta cerimónia que nos leva aos jardins de Éden.

Desfruto do som que aos poucos me inebria e me faz lembrar de ti, sinto com clareza a tua alma perto da minha, pois só ela sei que me quer também e simplesmente sei...

Perdida nos meus sentimentos deixo-me ir e nada mais existe. Apenas quero sentir-te aqui como se não existissem mais noites, como se não houvesse amanhã. Sinto-me e quero sentir-te perto de mim, mesmo como uma efémera ilusão, como um fumo que desvanece na noite e não passa de mera fantasia.

E assim mergulhei e adormeci...



sábado, 19 de janeiro de 2008

Mais um cafezinho...

O café, uma bebida tão estimulante que faz parte das nossas vidas, é por assim dizer, uma desculpa para sair, para fazer uma pausa, para não dormir, para conviver, para um cigarro, para simplesmente saborear.
Sendo a planta do café oriunda do Corno de África, mais concretamente da Etiópia, onde, mesmo nos nossos dias, cresce no seu estado selvagem, é na Arábia que a propagação do cultivo e consumo de café tem o seu início. Existe uma lenda que narra a forma como um grupo de escravos sudaneses, em viagem para o Iémen, adquirem bagas de café para os ajudar a suportar a dureza da travessia. Essas bagas, terão sido as primeiras sementes a serem introduzidas na Antiga Arábia. Mas foi em Meca que surgiram as primeiras casas de café, conhecidas pelo nome de “Kaveh Kanes”, e embora o seu intuito fosse originalmente de natureza religiosa, transformaram-se com rapidez em centros de xadrez, de coscuvilhices, de dança e de música. De Meca a ideia chegou a Aden, Medina e Cairo.
O motivo pelo qual os cafés se tornaram tão entusiasticamente populares no Médio Oriente e na Europa é desconhecido, no entanto antes dos cafés terem aparecido, praticamente não existiam locais onde se pudesse apreciar uma bebida agradável, em convívio.
É sem dúvida uma bebida rica, de forte aroma e amargo sabor, frutado e com leve magia de terras longínquas, revigorante e excelente motivo para nos reunir.
Era um café se faz favor, curto!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A flor


O sol brilha lá fora. Está um dia lindo! Decido sair e dou por mim a observar a primeira flor do ano, a flor da amendoeira. A flor que em tempos remotos, de mouras encantadas e lendas que nossos antepassados queriam fazer parecer neve. A neve que alegrou a princesa do reino dos algarves, que da sua terra distante tantas saudades tinha, saudade essa que a consumia.

O amor do rei trouxe até ela esta pura e singela flor, que no início do ano desbrocha e em dias como este, lembra uma primavera alegre, cristalína e que se aproxima lentamente.

Como é bela esta flor, de suave perfume e de tão rara visão, pois sim, que o homem faz o favor de acabar com a sua existência. Uma árvore, onde o seu fruto, a amêndoa, tão apreciada em doces e iguarias é no entanto esquecida. E com ela nasce uma graciosidade natural, que somente uma vez por ano dá-nos o prazer da sua presença e de seu explendor. De um branco cintilante e por vezes com um tom rosado, como se surgisse meio envergonhada e ao mesmo tempo radiante e harmoniosa.

É assim a flor que vos falo e que me lembra a infância, em que brincava pelos campos cobertos com este branco de encantar e que não volta mais, mas sempre que renasce trás também uma esperança de paz e harmonia de quando eramos crianças.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Tango

Corpos colados. Mão na mão. Olhos nos olhos. Com um quente movimento elevo-me para ti. O vestido sobe e deixa vislumbrar de leve a renda preta da meia. Brusco, movimento forte, arrasta-me para ti, rodopio em torno do teu perfume. E sente-se, sente-se a paixão.
Conduzes-me no salão, corpo entre corpo num forte e complicado misturar de emoções, sentidas com raiva, paixão, tristeza, dor. Nem uma palavra, só o toque sensual e arfante dos nossos sentidos.
Mergulhamos nesta arte como quem vive um só dia, a chama da paixão estimula o ar que respiramos. E o movimento continua, com breves pausas aqui e ali, fugindo de ti e tu de mim, voltando a ti e tu para mim, cada vez mais enebriado, cada vez mais firme. Gestos sensuais que se misturam nos sons ardentes deste tango, num ambiente de uma intensidade extasiante.
E olhamo-nos numa cumplicidade interminável, num desejo que arde e que ao mesmo tempo se manifesta como um bálsamo, para o que já nao volta e para o que ainda está a começar!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Vem comigo...

Abro os olhos. Azul, apenas azul...
A água envolve tranquilamente o meu corpo. Fresca, revigorante! Com as mãos repousadas na areia molhada sinto a força do mar. As ondas chegam à praia num leve embalar. Calma, silêncio! É um sonho! Só pode ser!
Sinto-me bem, não quero acordar...
Ao longe o doce baile das gaivotas mostra-me o dia a despedir-se e os raios de sol abraçam a minha pele, como um delicado toque de uma pena. Olho em volta. Vazio! E ao mesmo tempo o mundo. Vem comigo, vem comigo para o meu mundo! Vem sentir o que sinto, vem sorrir também. O momento enfeitiça-me os sentidos, sinto o sangue a percorrer todo o meu corpo, estou viva e quero mais deste ar que alimenta o meu ser.
Não quero sair daqui, vem comigo percorrer este horizonte infinito que nos leva à imensidão do universo.
Vem, vem simplesmente comigo...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Energia!!!

Só de falar dela sinto a vibração! Já pensaram na energia em seu estado puro? Nós nem sabemos na realidade o que isso é.
Falamos na electricidade, nos consumiveis fosseis, na biomassa, nas não renováveis, nuclear, hidráulica, solar, das ondas do mar, eólica e nunca mais acabava de referir vários tipos de energia. Mas uma essencial, maravilhosa, a energia humana, a que nos envolve, a que nos faz viver. Para mim a energia pura é a nossa alma, essa sim completa-se com tudo o que existe no universo, tudo o que é infinito, eterno.
Precisamos da energia dos alimentos pra viver. E a nossa alma? Que energia necessita? Acho que tudo alimenta a alma, o amor, ódio, delirio, alegria, tristeza. De uma forma ou de outra ela recebe energia, boa ou má, que a carrega ou descarrega.
E a música? Essa é uma fonte de energia inesgotável e quem duvida?
É um elixir para a alma. Podemos encher o nosso corpo com dezenas de drogas pra nos dar energia, mas a música nutre os sentimentos e aproxima-nos da melhor energia que algum dia poderemos ter, outra alma!!!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Saturday night fever

Sábado à noite. Preparam-se os brilhos, as roupas mais insinuantes, a maquilhagem e não falo só das mulheres, afinal isto já não é o que era... Mas está melhor assim!
A noite é sempre uma excitação, quer queiram quer não, as pessoas ficam mais soltas, mais alegres. 20:30 jantar com os amigos, encontros bem dispostos e bem regados melhor ainda. Algumas horas depois seguem-se os bares, as discotecas. Cada um tem um propósito para a noite, mas essencialmente o sábado é o preferido, mais solto, sem compromissos para o dia seguinte e o recarregar de energias de uma semana inteira de trabalho.
A noite convida sempre a um ambiente mais sensual, à dança, aos risos, ao amor, ao sexo, aos excessos e não passamos sem ela.
Sonhamos sempre com algo na noite, há quem mostre os seus desejos mais profundos, há quem liberte os seus fantasmas numa noite de copos, há quem faça o que não deve e arrepende-se assim que a manhã rompe, ou logo a seguir, mas aí não há nada a fazer... A noite convida ao engate puro e cru, fazem-se as investidas mais absurdas, no entanto há quem goste e está lá todos os sábados a tentar a sua sorte. À procura de emoções fortes ou simplesmente para se divertir.
Seja qual for o motivo que nos leva a sair, a noite estará sempre envolta em mistério, em escuridão, em segredo, o que a torna ainda mais desejável e tentadora...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Chocolate!


Falemos de chocolate!

Qual é a alma que não aprecia chocolate? O alimento dos Deuses! Conheço quem não goste e não sabem o que perdem...
Preparado a partir do maravilhoso e inigualável fruto, o cacau. A árvore de nome científico Theobroma cacao, mais popularmente chamado de cacaueiro, cacau, árvore-da-vida.
O nosso famoso cacau era considerado pela civilização maia uma fruta oferendada directamente pelos Deuses aos homens.
De aroma insubstituível, o chocolate possui os mais diversos sabores, as mais diversas texturas e formas. A imaginação aqui é interminável... Do doce ao amargo, do branco ao preto, com amêndoas, avelãs, nozes, arroz tufado, com sabor a menta ou a canela, laranja ou maçã, pralinée, leite. Em bombons, tabletes, em pó, chocolate quente, para decorar, em bolos e sobremesas, na verdade uma lista infindável!
Bons para oferecer em qualquer ocasião, muito bem recebidos pelos namorados e não me venham com conversas que quem come muitos chocolates tem carências sentimentais, é na verdade maravilhoso partilhá-los com alguém... E então um fondue de chocolate, hummm, quem ainda não provou, faça o favor de o fazer, vai ficar nas nuvens... Esqueçam as dietas por momentos, mais vale um sorriso de prazer, que um não posso, ai a minha dieta! Sabem, depois o arrependimento mata!!!
Não é à toa que é considerado alimento energético, criador de bom humor e preventivo de insónias. Muitos consideram-no afrodizíaco, se não o é, ao menos deve ajudar um pouco...
E então que tal? Vai um chocolatinho?...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Madrugada!

Madrugada, seis da manhã, os galos cantam o seu conhecido despertar, ainda é noite. À espera do amanhecer, observo pela janela as luzes da cidade ao longe. Parece encontrar-se num sono profundo, como o de uma criança que dorme tranquila.
Não gosto da madrugada!
Com ela, os medos mais profundos surgem para nos atormentar. A noite a esta hora é um pronuncio de solidão e quando olho pela janela, imagino o que se passa no mundo e penso nas pessoas que se encontram sozinhas, que muitas vezes, com insónias como as minhas, não têm ninguém para falar ou simplesmente estar...
Podemos tentar esquecer a madrugada, mas ela vai estar sempre lá, depois da noite e antes do amanhecer.
Mas assim que se deslumbram os primeiros raios de sol, a romper numa manhã que se adivinha clara e no seu total esplendor, esqueço a madrugada e todos os temores que a acompanham. A cidade começa lentamente a acordar e com o novo dia, uma nova expectativa, mais e mais desejos... até à próxima madrugada!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Inocência de Verão

Chove lá fora, o dia está frio, cinzento e o inverno ainda tem muito pra nos dar...
Acordei com a lembrança dos dias quentes de verão da nossa adolescência, em que rumávos para a praia e ficavámos lá até ao anoitecer. Recordo-me das brincadeiras inocentes, a correr pela praia, a rebolar na areia, construíamos fortalezas de um reino encantado que sonhavamos, eram horas infinitas dentro de água a fazer acrobacias, até a pele já não aguentar o frio e já nem se parecer com nada! Mas eramos felizes assim, sem compromissos, sem responsabilidades!
O verão era a altura do ano mais esperada. Só pensávamos na praia, no calor, nas noites em que nos encontravámos com os amigos e com os que vinham de férias, os novos, os reencontros. E os primeiros amores, ai os primeiros amores, tão intensos, envergonhados... O coração batia como se o mundo fosse acabar, uma excitação de algo que não volta mais, o nervoso miudinho que se sentia com o primeiro beijo, muitas vezes estranho e sem graça, mas que não fazia esquecer o amor de verão!
Hoje recordo-me desses dias de inocência e parecem-me tão distantes, com este dia de inverno, que teima em não ir embora. Ficam na memória os dias quentes que jamais serão esquecidos e o amor que nos aquece o coração em dias tão melancólicos como este e fica realmente dificil não ter um sorriso nos lábios...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Brisa!


Os pés descalços na areia quente, uma suave brisa doce e húmida tocava a minha pele. Os raios de sol espreitavam por entre as nuvens que teimavam em não desaparecer. Mesmo assim a temperatura era quente, muito quente. Ouvia-se como um murmúrio o rebentar das ondas na areia fina e tudo parecia tão longe. A noite avizinhava-se longa e misteriosa...
Silêncio, apenas silêncio!
Que saudades daquele pôr de sol tão vivo! As cores em laranja e dourado que iluminavam o céu, como se uma festa estivesse a ser preparada. Uma embriaguez jamais esquecida, onde as cores cintilantes do dia deram lugar à mais bela noite que pude presenciar...
Uma praia, um oceano, a noite, a lua, milhões de estrelas e eu...


segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Simples forma...

De repente senti um frio na barriga, há quem o chame de borboletas quando estamos apaixonados, o que não era o caso... A música rompeu forte, alegre, melodiosa, no palco, com todas as voltas e reviravoltas. Só se sentia o vibrar das palmas, quentes, envolventes e não se pensa em mais nada...
Vai embora o frio, esvoaçam para longe as borboletas e entra o calor e a excitação de um momento que parece tão longo, mas que dura apenas uns minutos. São as sensações que apenas alguns priveligiados têm. Medo, suores frios, até pavor de entrar num local onde todas as atenções irão estar focadas numa só pessoa, num só pequeno grupo ou num momento. E pergunta-se? Vale a pena? Sempre! Os sentimentos que se transmitem são maravilhosos e ao mesmo tempo mantêm uma ligação muito especial com todos aqueles que acreditam em algo superior, o amor! O amor pela arte na sua mais simples forma...

Momentos sonhados


Começou leve e suave o som dos violinos, das flautas, da harpa... Sentia-se a energia vibrante do maestro, totalmente apaixonado pelas notas da pauta á sua frente. De repente o estrondoso som da tempestade, da guerra, da agressividade e o coração bate mais rápido, por segundos deixa-se de respirar, o extase...
E vem a bonanza! Com ela, as maravilhosas sapatilhas de ballet rodopiam num suave embalar encantado. Tão leves, tão perfeitas! Flores que se misturam na envolvência de um jardim de um pitoresco quadro.
A voz arrepiante cheia de brilho e glamour penetra nos nossos ouvidos como oxigénio para os nossos pulmões, deixando-nos enebriados, tontos. E aos poucos, como uma droga cada vez mais viciante torna-se mais e mais profunda, quente e extasiante, quase a sufocar... Leva-nos onde a imaginação quiser!
Ouve-se o aclamar conjunto da multidão, que sonhou por momentos e esqueceu a vida lá fora, longe do tempo, longe de tudo!