quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Madrugada!

Madrugada, seis da manhã, os galos cantam o seu conhecido despertar, ainda é noite. À espera do amanhecer, observo pela janela as luzes da cidade ao longe. Parece encontrar-se num sono profundo, como o de uma criança que dorme tranquila.
Não gosto da madrugada!
Com ela, os medos mais profundos surgem para nos atormentar. A noite a esta hora é um pronuncio de solidão e quando olho pela janela, imagino o que se passa no mundo e penso nas pessoas que se encontram sozinhas, que muitas vezes, com insónias como as minhas, não têm ninguém para falar ou simplesmente estar...
Podemos tentar esquecer a madrugada, mas ela vai estar sempre lá, depois da noite e antes do amanhecer.
Mas assim que se deslumbram os primeiros raios de sol, a romper numa manhã que se adivinha clara e no seu total esplendor, esqueço a madrugada e todos os temores que a acompanham. A cidade começa lentamente a acordar e com o novo dia, uma nova expectativa, mais e mais desejos... até à próxima madrugada!

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