quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Eles nada seriam...

Os homens têm uma graça inimaginável. Se lhes damos muita trela, somos oferecidas, não somos dignas de ser levadas a sério, se damos muitos cortes, estamos a fazer-nos difíceis e acham que já não tem interesse, ou armadas em boas. Na verdade acho que muitos gostam de andar tipo caezinhos, a babar até conseguir o que querem. Quando conseguem, dão de frosques... Haja paciência para tamanha indecisão!
Já viram bem o que uma mulher tem de aturar, ainda bem que temos independência suficiente para mandarmos no nossos narizinhos. Se andássemos para trás no tempo, aí uns quarenta, cinquenta aninhos, coitadinhas de nós, já para não falar nas nossas queridas avós e bisavós.
Hoje em dia eu penso que eles sentem-se um pouco intimidados com a nossa liberdade, com o nosso poder, que no fundo, apesar de ainda não ser completo, já lhes faz um pouco de sombra. Que chatice!!!
Cá estaremos para os chatear, para os irritar, para os fazer perder a paciência e sobretudo, estaremos cá sempre para os amar, para cuidar deles, sim, pois não sabem o que fazem... Estaremos cá para os alegrar, para se sentirem amados, adorados. Mas acima de tudo estaremos cá, pois sem nós, eles não nada seriam!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Só porque é bom!

Não sei o que é isto hoje. Sabem o que é sentir como se estivessem num carrocel, numa balança, que te inclina para um lado ou para o outro totalmente oposto? Pela manhã uma alegria deliciosa, onde só tinha mesmo vontade de andar aos saltos por tudo o que era sítio e rir, rir muito, mesmo do que não tem graça nenhuma.
Logo a seguir recordas-te da realidade em que vives, em que estás inserida e essa alegria transforma-se em tristeza, mas numa emoção que te sufoca, asfixia. Talvez seja esta vida que provoque este sentimento de sufoco e talvez seja mesmo necessária a coragem para rasgar as páginas do livro que já leste, que já estão ultrapassadas, apagadas pelo tempo e pelo sentimento.
A alegria que senti esta manhã é como aquela que te sacia os sentidos quando te recordas daquela linda boneca que recebeste pelo teu oitavo aniversário e que até hoje é conservada religiosamente no armário como se fosse uma obra de arte.
Melhor do que isso será sentir as famosas borboletas na barriga e insistes em dizer que não tens nada e que está tudo bem. No fundo está mesmo tudo bem e melhor fica quando sentes o coração bater mais alto, mesmo muito alto! E sorris, sorris muito, só porque sim, só porque é bom, muito bom!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Esperarei sempre...

Esperei, esperei por ti...
E tu não chegaste. Passou um autocarro, a seguir mais um e mais um e mais... E eu aqui sem saber mais o que esperar. Nem uma chamada, nem um sms, nem nada. Não haveria desculpa...
Era apenas o vazio que pairava no ar e em mim. Se o telefone tocasse ficava em sobressalto, mas não eras tu, nunca eras tu!

Na esperança de te encontrar, iludi a minha alma de sonhos, imaginei películas de encantar, viagens ao sol, à lua, às estrelas, mas tu não chegaste. Seduziste-me com tuas doces palavras, enfeitiçaste o meu coração, mas não vieste, como prometeste!


Aqui sentada na paragem, observo quem chega, quem espera e recebe de braços abertos e sorriso largo. De olhos vazios, expressão inexistente, continuo aqui e nem sei porquê, não devo, não há razão. Tu não estás aqui.


Sinto esta tristeza que apenas tu podes acalmar e permaneço aqui a olhar quem chega para alguém, e quem parte com alguém. Nesta espera incessante o sol insiste em brilhar e eu esperarei, esperarei sempre...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Parti uma UNHA!

Há dias dificeis, para nós mulheres.
Levantas-te sem vontade absolutamente nenhuma, são 07:30. Olhas-te ao espelho toda desgrenhada e quase morres de susto, como é possível, após um belo sono de beleza. Banho! A água que não aquece... Depois já bem acordadinha, pequeno almoço a correr, mas as torradas queimaram enquanto te maquilhavas, esquece!
Vais para o carro, não pega! Respiras fundo dez vezes e voltas a tentar. Pegou! Com isto tudo, mais o trânsito, mais o estúpido que te queria levar à frente e ainda pensa que tem razão, chegas atrasada ao trabalho. Entras de mansinho, mas lá está a sonsa da colega a olhar o relógio, não dizes nada, apenas sorris, mas tens vontade de lhe assar no forno... Era giro!
O chefe que não te larga com projectos hilariantes e sem nexo, mas tens de dizer que são o máximo, um sucesso certo, daahh!
Hora de almoço, finalmente! Almoças com as amigas, ao menos uma hora boa. O prato escolhido tem molho que nunca mais acaba e por passo de magia sujas a tua linda camisa Dolce & Gabanna. Ficas pra morrer, que mais te pode acontecer...
Voltas ao trabalho e tentas disfarçar a terrível nódoa. Sem muito efeito...
E o que pode piorar num dia de uma mulher, mesmo muito, mais do que encontrares o teu namorado com a tua suposta melhor amiga ou perderes o emprego por exemplo?
És simpática com o teu colega da frente e ajudas a carregar uns dossiers e terror dos terrores, não é que se parte uma unha, uma UNHA, e acaba-se o mundo! É a gota de água, a cereja no topo do bolo e ficas a chorar o resto do dia...
Poderia ser assim, não era? Mas não somos assim tão fúteis... Brincadeirinha pessoal, brincadeirinha!!!

sábado, 26 de janeiro de 2008

Vida vai, vida vem

A vida tem coisas engraçadas e que na verdade não têm graça nenhuma. Agora estamos bem, logo a seguir acontece qualquer coisa que nos muda o destino para sempre e isso pode ser bom, mas também pode ser mau, muito mau. Ou então estamos vivos e deixamos de o estar, assim como se sopra uma vela, ou como se desliga o interruptor da luz.
Será justo a forma como partimos, a forma como morremos? E se nos vamos, é para onde a viagem, será bom ou mau, vamos encontrar alguém conhecido ou não?
Não sabemos o que nos espera, mas a curiosidade para o que está para além da cortina da morte é sem dúvida um mistério que sempre nos acompanhará. Há quem diga que morremos e tudo acaba, há quem diga que viveremos outras vidas, existem ainda aqueles que acreditam na separação das almas pelo céu e pelo inferno. Há quem chame a morte de desencarne, saimos do corpo e continuamos a viver numa outra dimensão.
O facto é que na verdade ninguém sabe o que se passa para lá desta fronteira e a morte aterradora para todos nós, ou talvez só para alguns, consegue levar-nos quem amamos, quem mais precisamos e não escolhe hora, nem idade, nem local. Quando quer apenas chega e leva o que lhe apetece, ou será que o momento certo está estipulado lá nos horários do céu?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Doce flutuar

Acordo, pareço flutuar, não saber onde me encontro. O sol brilha lá fora e já vai bem alto, eu apenas flutuo, sem pensamentos, sem emoções, como quem vagueia pela estrada sem rumo, sem destino... Como um pássaro que voa livremente neste imenso céu de sentimentos.
Vivo o presente com a esperança do amanhã. Sinto a aura que me envolve de luz e amor e quero mais, quero mais dessa energia, que me é presenteada por anjos celestiais. A luz que atravessa fria o meu corpo e que aquece demoradamente o meu espírito. É a Luz do Universo!
Não existe descrição possível para este estado de alma, assim como não se explica o Nirvana, não há forma de exemplificá-lo. Apenas podemos senti-lo, vivé-lo!
Doce flutuar este que vivencio e não quero perder, não quero sair, apenas posso dar. Sim! Não o posso explicar, mas posso dar a conhecer e a amar. E para quem o desejar, eu cá estarei para o presentear, pois é uma dádiva recebida, não apenas minha, mas de quem a quiser encontrar!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

It´s Show Time!!!

Últimos preparativos, correria nos camarins, preparam-se adereços, maquilhagem, cabelo, perucas. A imagem tem de estar perfeita!
Cantores que afinam suas vozes, actores que decoram suas últimas deixas, bailarinos aquecem seus corpos, pessoal técnico coloca todos os pormenores a postos para começar o espetáculo.

Pessoal faltam dez minutos! E os nervos começam a crescer. Pessoal faltam cinco minutos e toda a gente não vê a hora de começar. Pessoal falta um minuto, grita o contra-regra. É agora, toda a magia vai começar, mesmo que por poucas horas, mas vai começar.

Soltam-se as pancadas de Molière, rompe a música...

Senhoras e senhores desliguem os seus telemóveis, não é permitido filmar ou fotografar.

O espetáculo vai começar!



quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Olhares...

Dizem que os olhos são o espelho da alma...

Por vezes penso que não, por vezes penso que sim. Os olhos escondem tantas vezes sentimentos, emoções, que só as lágrimas conseguem mostrar.

Com os olhos vislumbramos toda a beleza do mundo, presenciamos os milagres da natureza, conseguimos ententer-nos sem ser necessário uma única palavra. Mostramos emoções, alegria, desalento, paixão, ódio, irritação, amor, tédio e um interminável continuar de sensações.

Um olhar marca um momento, muitas vezes diz tudo o que necessitamos saber, pra ficar ou pra partir. Quero perder-me no teu olhar, sentir-me tua, sentir a tua emoção. Vaguear nos teus olhos, como num deserto sem fim, como num oceano profundo que esconde os mais misteriosos e belos segredos... Quero experimentar esse teu profundo olhar!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Lua

Lua minha meu amor, que tão triste me deixas quando te vais. Hoje rejubilo com tua força, pois encontras-te no teu mais belo explendor. Cheia, brilhante, maravilhosa, mas no entanto tão longe, tão distante.
Só tu ouves meus murmurios, só tu entendes o meu coração, só tu iluminas minhas noites nesta longa escuridão, que parece não ter fim. Misteriosa, oculta, vejo-te assim como tão belo elemento do universo, inatingível, sim, como algo que procuro e não encontro. Mas como és a inspiração de muitos sonhos, também o meu sonho é iluminação do teu luar.

Inspiras poetas, envolves namorados, adormeces crianças num suave embalar, ouves lamúrias sem reclamar e eu sonho, apenas sonho com o teu fascinante feitiço.
E que sedutora és, pois vestes-te de prata e iluminas o céu adormecido. Levas-nos à melancolia que sentes, à saudade pelo amor que vibra em ti por toda a eternidade. Sofres no silêncio da noite o amor que não podes ter, mas terás sempre as estrelas numa amizade perpétua para te aquecer...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Segunda-feira

A segunda-feira poderia ser como um outro dia qualquer, mas para muitos, é mesmo um dia de sacrifício!
No final de Domingo começa-se logo a pensar que no dia seguinte já é segunda e que sensação estranha, de aborrecimento mesmo.
Para mim não, é apenas mais um dia. Entra-se ao trabalho com um mau humor de morrer, sem vontade para nada e o desejo abismal de ter ficado a dormir!
Poderíamos pensar neste dia como se fosse o início de mais uma étapa, o começo de qualquer coisa, pode até ser um dia muito bem vindo e produtivo, basta querer!
Mas claro, compreendo que a seguir a dois maravilhosos e curtos dias de descanso, a segunda-feira não seja realmente bem vinda e não há nada a fazer, apenas um pouco de boa vontade e um sorriso nos lábios. Afinal, deve ser bem menos penoso com uma atitude positiva. E vá lá, amanhã já é terça-feira!

domingo, 20 de janeiro de 2008

Mergulhei e esqueci...

Mergulhei na água quente e esqueci...
O ambiente estava morno, suave. Na banheira, pétalas de rosa baloiçavam à superficie. Com um leve aroma a canela e sais frutados que se misturavam, entrei na água como se de um ritual se tratasse. Rodeada de velas com suas chamas cintilantes, deixei-me ir e senti o calor. O calor da alma que aos poucos relaxa e deixa o corpo adormecer, embalado nesta cerimónia que nos leva aos jardins de Éden.

Desfruto do som que aos poucos me inebria e me faz lembrar de ti, sinto com clareza a tua alma perto da minha, pois só ela sei que me quer também e simplesmente sei...

Perdida nos meus sentimentos deixo-me ir e nada mais existe. Apenas quero sentir-te aqui como se não existissem mais noites, como se não houvesse amanhã. Sinto-me e quero sentir-te perto de mim, mesmo como uma efémera ilusão, como um fumo que desvanece na noite e não passa de mera fantasia.

E assim mergulhei e adormeci...



sábado, 19 de janeiro de 2008

Mais um cafezinho...

O café, uma bebida tão estimulante que faz parte das nossas vidas, é por assim dizer, uma desculpa para sair, para fazer uma pausa, para não dormir, para conviver, para um cigarro, para simplesmente saborear.
Sendo a planta do café oriunda do Corno de África, mais concretamente da Etiópia, onde, mesmo nos nossos dias, cresce no seu estado selvagem, é na Arábia que a propagação do cultivo e consumo de café tem o seu início. Existe uma lenda que narra a forma como um grupo de escravos sudaneses, em viagem para o Iémen, adquirem bagas de café para os ajudar a suportar a dureza da travessia. Essas bagas, terão sido as primeiras sementes a serem introduzidas na Antiga Arábia. Mas foi em Meca que surgiram as primeiras casas de café, conhecidas pelo nome de “Kaveh Kanes”, e embora o seu intuito fosse originalmente de natureza religiosa, transformaram-se com rapidez em centros de xadrez, de coscuvilhices, de dança e de música. De Meca a ideia chegou a Aden, Medina e Cairo.
O motivo pelo qual os cafés se tornaram tão entusiasticamente populares no Médio Oriente e na Europa é desconhecido, no entanto antes dos cafés terem aparecido, praticamente não existiam locais onde se pudesse apreciar uma bebida agradável, em convívio.
É sem dúvida uma bebida rica, de forte aroma e amargo sabor, frutado e com leve magia de terras longínquas, revigorante e excelente motivo para nos reunir.
Era um café se faz favor, curto!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A flor


O sol brilha lá fora. Está um dia lindo! Decido sair e dou por mim a observar a primeira flor do ano, a flor da amendoeira. A flor que em tempos remotos, de mouras encantadas e lendas que nossos antepassados queriam fazer parecer neve. A neve que alegrou a princesa do reino dos algarves, que da sua terra distante tantas saudades tinha, saudade essa que a consumia.

O amor do rei trouxe até ela esta pura e singela flor, que no início do ano desbrocha e em dias como este, lembra uma primavera alegre, cristalína e que se aproxima lentamente.

Como é bela esta flor, de suave perfume e de tão rara visão, pois sim, que o homem faz o favor de acabar com a sua existência. Uma árvore, onde o seu fruto, a amêndoa, tão apreciada em doces e iguarias é no entanto esquecida. E com ela nasce uma graciosidade natural, que somente uma vez por ano dá-nos o prazer da sua presença e de seu explendor. De um branco cintilante e por vezes com um tom rosado, como se surgisse meio envergonhada e ao mesmo tempo radiante e harmoniosa.

É assim a flor que vos falo e que me lembra a infância, em que brincava pelos campos cobertos com este branco de encantar e que não volta mais, mas sempre que renasce trás também uma esperança de paz e harmonia de quando eramos crianças.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Tango

Corpos colados. Mão na mão. Olhos nos olhos. Com um quente movimento elevo-me para ti. O vestido sobe e deixa vislumbrar de leve a renda preta da meia. Brusco, movimento forte, arrasta-me para ti, rodopio em torno do teu perfume. E sente-se, sente-se a paixão.
Conduzes-me no salão, corpo entre corpo num forte e complicado misturar de emoções, sentidas com raiva, paixão, tristeza, dor. Nem uma palavra, só o toque sensual e arfante dos nossos sentidos.
Mergulhamos nesta arte como quem vive um só dia, a chama da paixão estimula o ar que respiramos. E o movimento continua, com breves pausas aqui e ali, fugindo de ti e tu de mim, voltando a ti e tu para mim, cada vez mais enebriado, cada vez mais firme. Gestos sensuais que se misturam nos sons ardentes deste tango, num ambiente de uma intensidade extasiante.
E olhamo-nos numa cumplicidade interminável, num desejo que arde e que ao mesmo tempo se manifesta como um bálsamo, para o que já nao volta e para o que ainda está a começar!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Vem comigo...

Abro os olhos. Azul, apenas azul...
A água envolve tranquilamente o meu corpo. Fresca, revigorante! Com as mãos repousadas na areia molhada sinto a força do mar. As ondas chegam à praia num leve embalar. Calma, silêncio! É um sonho! Só pode ser!
Sinto-me bem, não quero acordar...
Ao longe o doce baile das gaivotas mostra-me o dia a despedir-se e os raios de sol abraçam a minha pele, como um delicado toque de uma pena. Olho em volta. Vazio! E ao mesmo tempo o mundo. Vem comigo, vem comigo para o meu mundo! Vem sentir o que sinto, vem sorrir também. O momento enfeitiça-me os sentidos, sinto o sangue a percorrer todo o meu corpo, estou viva e quero mais deste ar que alimenta o meu ser.
Não quero sair daqui, vem comigo percorrer este horizonte infinito que nos leva à imensidão do universo.
Vem, vem simplesmente comigo...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Energia!!!

Só de falar dela sinto a vibração! Já pensaram na energia em seu estado puro? Nós nem sabemos na realidade o que isso é.
Falamos na electricidade, nos consumiveis fosseis, na biomassa, nas não renováveis, nuclear, hidráulica, solar, das ondas do mar, eólica e nunca mais acabava de referir vários tipos de energia. Mas uma essencial, maravilhosa, a energia humana, a que nos envolve, a que nos faz viver. Para mim a energia pura é a nossa alma, essa sim completa-se com tudo o que existe no universo, tudo o que é infinito, eterno.
Precisamos da energia dos alimentos pra viver. E a nossa alma? Que energia necessita? Acho que tudo alimenta a alma, o amor, ódio, delirio, alegria, tristeza. De uma forma ou de outra ela recebe energia, boa ou má, que a carrega ou descarrega.
E a música? Essa é uma fonte de energia inesgotável e quem duvida?
É um elixir para a alma. Podemos encher o nosso corpo com dezenas de drogas pra nos dar energia, mas a música nutre os sentimentos e aproxima-nos da melhor energia que algum dia poderemos ter, outra alma!!!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Saturday night fever

Sábado à noite. Preparam-se os brilhos, as roupas mais insinuantes, a maquilhagem e não falo só das mulheres, afinal isto já não é o que era... Mas está melhor assim!
A noite é sempre uma excitação, quer queiram quer não, as pessoas ficam mais soltas, mais alegres. 20:30 jantar com os amigos, encontros bem dispostos e bem regados melhor ainda. Algumas horas depois seguem-se os bares, as discotecas. Cada um tem um propósito para a noite, mas essencialmente o sábado é o preferido, mais solto, sem compromissos para o dia seguinte e o recarregar de energias de uma semana inteira de trabalho.
A noite convida sempre a um ambiente mais sensual, à dança, aos risos, ao amor, ao sexo, aos excessos e não passamos sem ela.
Sonhamos sempre com algo na noite, há quem mostre os seus desejos mais profundos, há quem liberte os seus fantasmas numa noite de copos, há quem faça o que não deve e arrepende-se assim que a manhã rompe, ou logo a seguir, mas aí não há nada a fazer... A noite convida ao engate puro e cru, fazem-se as investidas mais absurdas, no entanto há quem goste e está lá todos os sábados a tentar a sua sorte. À procura de emoções fortes ou simplesmente para se divertir.
Seja qual for o motivo que nos leva a sair, a noite estará sempre envolta em mistério, em escuridão, em segredo, o que a torna ainda mais desejável e tentadora...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Chocolate!


Falemos de chocolate!

Qual é a alma que não aprecia chocolate? O alimento dos Deuses! Conheço quem não goste e não sabem o que perdem...
Preparado a partir do maravilhoso e inigualável fruto, o cacau. A árvore de nome científico Theobroma cacao, mais popularmente chamado de cacaueiro, cacau, árvore-da-vida.
O nosso famoso cacau era considerado pela civilização maia uma fruta oferendada directamente pelos Deuses aos homens.
De aroma insubstituível, o chocolate possui os mais diversos sabores, as mais diversas texturas e formas. A imaginação aqui é interminável... Do doce ao amargo, do branco ao preto, com amêndoas, avelãs, nozes, arroz tufado, com sabor a menta ou a canela, laranja ou maçã, pralinée, leite. Em bombons, tabletes, em pó, chocolate quente, para decorar, em bolos e sobremesas, na verdade uma lista infindável!
Bons para oferecer em qualquer ocasião, muito bem recebidos pelos namorados e não me venham com conversas que quem come muitos chocolates tem carências sentimentais, é na verdade maravilhoso partilhá-los com alguém... E então um fondue de chocolate, hummm, quem ainda não provou, faça o favor de o fazer, vai ficar nas nuvens... Esqueçam as dietas por momentos, mais vale um sorriso de prazer, que um não posso, ai a minha dieta! Sabem, depois o arrependimento mata!!!
Não é à toa que é considerado alimento energético, criador de bom humor e preventivo de insónias. Muitos consideram-no afrodizíaco, se não o é, ao menos deve ajudar um pouco...
E então que tal? Vai um chocolatinho?...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Madrugada!

Madrugada, seis da manhã, os galos cantam o seu conhecido despertar, ainda é noite. À espera do amanhecer, observo pela janela as luzes da cidade ao longe. Parece encontrar-se num sono profundo, como o de uma criança que dorme tranquila.
Não gosto da madrugada!
Com ela, os medos mais profundos surgem para nos atormentar. A noite a esta hora é um pronuncio de solidão e quando olho pela janela, imagino o que se passa no mundo e penso nas pessoas que se encontram sozinhas, que muitas vezes, com insónias como as minhas, não têm ninguém para falar ou simplesmente estar...
Podemos tentar esquecer a madrugada, mas ela vai estar sempre lá, depois da noite e antes do amanhecer.
Mas assim que se deslumbram os primeiros raios de sol, a romper numa manhã que se adivinha clara e no seu total esplendor, esqueço a madrugada e todos os temores que a acompanham. A cidade começa lentamente a acordar e com o novo dia, uma nova expectativa, mais e mais desejos... até à próxima madrugada!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Inocência de Verão

Chove lá fora, o dia está frio, cinzento e o inverno ainda tem muito pra nos dar...
Acordei com a lembrança dos dias quentes de verão da nossa adolescência, em que rumávos para a praia e ficavámos lá até ao anoitecer. Recordo-me das brincadeiras inocentes, a correr pela praia, a rebolar na areia, construíamos fortalezas de um reino encantado que sonhavamos, eram horas infinitas dentro de água a fazer acrobacias, até a pele já não aguentar o frio e já nem se parecer com nada! Mas eramos felizes assim, sem compromissos, sem responsabilidades!
O verão era a altura do ano mais esperada. Só pensávamos na praia, no calor, nas noites em que nos encontravámos com os amigos e com os que vinham de férias, os novos, os reencontros. E os primeiros amores, ai os primeiros amores, tão intensos, envergonhados... O coração batia como se o mundo fosse acabar, uma excitação de algo que não volta mais, o nervoso miudinho que se sentia com o primeiro beijo, muitas vezes estranho e sem graça, mas que não fazia esquecer o amor de verão!
Hoje recordo-me desses dias de inocência e parecem-me tão distantes, com este dia de inverno, que teima em não ir embora. Ficam na memória os dias quentes que jamais serão esquecidos e o amor que nos aquece o coração em dias tão melancólicos como este e fica realmente dificil não ter um sorriso nos lábios...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Brisa!


Os pés descalços na areia quente, uma suave brisa doce e húmida tocava a minha pele. Os raios de sol espreitavam por entre as nuvens que teimavam em não desaparecer. Mesmo assim a temperatura era quente, muito quente. Ouvia-se como um murmúrio o rebentar das ondas na areia fina e tudo parecia tão longe. A noite avizinhava-se longa e misteriosa...
Silêncio, apenas silêncio!
Que saudades daquele pôr de sol tão vivo! As cores em laranja e dourado que iluminavam o céu, como se uma festa estivesse a ser preparada. Uma embriaguez jamais esquecida, onde as cores cintilantes do dia deram lugar à mais bela noite que pude presenciar...
Uma praia, um oceano, a noite, a lua, milhões de estrelas e eu...


segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Simples forma...

De repente senti um frio na barriga, há quem o chame de borboletas quando estamos apaixonados, o que não era o caso... A música rompeu forte, alegre, melodiosa, no palco, com todas as voltas e reviravoltas. Só se sentia o vibrar das palmas, quentes, envolventes e não se pensa em mais nada...
Vai embora o frio, esvoaçam para longe as borboletas e entra o calor e a excitação de um momento que parece tão longo, mas que dura apenas uns minutos. São as sensações que apenas alguns priveligiados têm. Medo, suores frios, até pavor de entrar num local onde todas as atenções irão estar focadas numa só pessoa, num só pequeno grupo ou num momento. E pergunta-se? Vale a pena? Sempre! Os sentimentos que se transmitem são maravilhosos e ao mesmo tempo mantêm uma ligação muito especial com todos aqueles que acreditam em algo superior, o amor! O amor pela arte na sua mais simples forma...

Momentos sonhados


Começou leve e suave o som dos violinos, das flautas, da harpa... Sentia-se a energia vibrante do maestro, totalmente apaixonado pelas notas da pauta á sua frente. De repente o estrondoso som da tempestade, da guerra, da agressividade e o coração bate mais rápido, por segundos deixa-se de respirar, o extase...
E vem a bonanza! Com ela, as maravilhosas sapatilhas de ballet rodopiam num suave embalar encantado. Tão leves, tão perfeitas! Flores que se misturam na envolvência de um jardim de um pitoresco quadro.
A voz arrepiante cheia de brilho e glamour penetra nos nossos ouvidos como oxigénio para os nossos pulmões, deixando-nos enebriados, tontos. E aos poucos, como uma droga cada vez mais viciante torna-se mais e mais profunda, quente e extasiante, quase a sufocar... Leva-nos onde a imaginação quiser!
Ouve-se o aclamar conjunto da multidão, que sonhou por momentos e esqueceu a vida lá fora, longe do tempo, longe de tudo!

sábado, 5 de janeiro de 2008

Mundo novo

E o ano começa novamente...

Termina mais um ano e termina mais uma fase, mais uma etapa. Do quê? Não sei. Talvez da esperança de algo melhor, afinal é isso que pedimos todos os fins de ano, com o bater das doze badaladas... O engraçado, é que no caso deste ano as coisas não melhoraram, parece que vivi em estado de transe durante meses.
Será que foi só um sonho, pesadelo? O mais importante agora é a necessidade imperativa que todos temos de reorganizar o novo ano, como se de um sonho se tratasse, novas expectativas, novos começos... Do quê? Não sei. Sempre de algo melhor, seja o que for. Todos temos sonhos diferentes e a imaginação é infinita... Por isso acorda-me! Acorda-me por favor!!!