quarta-feira, 16 de abril de 2008

Silêncio

O silêncio por vezes é tão necessário! Neste momento é!
Preciso silenciar para me encontrar, depois sim posso encontrar tudo e todos de uma outra forma ou então, simplesmente deixar para trás o que não é mais viável, o que não faz sentido, o que poderá ser um sorriso no percurso desta vida!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Lembrei a infância!

Hoje sinto a natureza à minha volta, sinto o vento forte, a chuva, o frio. Ouço o bater forte das ondas na areia, sinto a força do mar.
Recordei como era bom no inverno adormecer com o som do mar colado ao ouvido, através do buzio gigante que trazia até mim os sons do mar.
Lembrei a infância!
Hoje acho imensa graça como criava as minhas brincadeiras de menina, fingindo que eu mesma era a Primavera, rainha das flores e das cores. De como intitulava as outras meninas de flores, todas sob as minhas ordens e protecção. Lembro de como transformava as árvores em palácios encantados, e as rochas das encostas em coches de Cinderela. De como era a princesa mais rica do reino, pois todas as árvores enchiam-se de folhas e elas eram o meu tesouro escondido, dos potenciais intrusos do reino.
Tem graça, tem realmente muita graça! Era tudo tão fácil de transformar, de criar, de imaginar. Seria tudo tão bonito se pudessemos transformar a nossa vida em flores, árvores disfarçadas de palácios e um mundo cheio de cor e alegria, seria tão bom...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Chuva...

Não escrevo faz tempo, sinto falta. A emoção está toda cá, mas para além do tempo, os sentimentos conturbados não me deixam chegar a onde quero.
E saber o que quero, se quero, se sinto. Sinto sim, mas não tenho coragem. Medo sim, mas não consigo sair dele. E medo de quê? De ser feliz, de sentir uma felicidade, onde o que importa são os sentimentos, as pessoas e ir de encontro a uma liberdade que provavelmente nunca senti. Ir de encontro a um amor que o mais certo é nunca ter vivido.
Hoje é o meu aniversário. Nestas alturas pensamos muito, sentimo-nos nostálgicos, voltamos atrás no tempo e pensamos no que passou, no que não vivemos e poderiamos ter vivido e no que ainda está para vir.
Quero deixar entrar a luz do futuro, sem medo, sem nostalgia, sem voltar atrás no tempo e pensar num melhor dia ao acordar.
Chove lá fora, chove muito. Dizem que o dia está como nós nos sentimos muitas vezes, tristes, cinzentos. Eu penso que esta chuva é uma dádiva dos céus, vem simplesmente ajudar a limpar a alma, o corpo, vem lavar todas as cores cinzentas das nossas vidas e especialmente a nossa tristeza, pois a água é vida, é pureza, é como eu me sinto bem lá dentro, de onde vim e para onde vou.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Deixem-me silenciar...

Os dias passam e o tempo escasseia, parece uma autêntica corrida contra a maré. O tempo, preciso de tempo. Tempo para pensar, para fazer, para planear, tempo para tudo e para nada e acima de tudo, tempo para silenciar...
Necessito da paz do tempo para ver claramente o presente e pensar no futuro, um futuro incerto, mas talvez risonho, alegre e repleto de boas surpresas!
Mas deixem-me silenciar, no espaço e no tempo. Deixem a água correr e lavar tudo o que não é necessário, pois ela tudo transforma e tudo torna melhor, límpido, sem stress, sem palavras vagas e que magoam o coração, magoam a alma.
Não tem de ser muito esse tempo, basta algum para acalmar a alma, para conseguir visualizar melhor o que nos rodeia, o que realmente nos faz falta.
Sem o silêncio não é possível, sem o silêncio o mundo não circula, apenas abalrua-se pelos caminhos da vida e passa o tempo a tropeçar em tempos mortos, sem cor, sem luz. Por isso deixem-me silenciar por um momento, como se de um leve sono se tratasse, um sono de amor, um sono de dedicação...