sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A flor


O sol brilha lá fora. Está um dia lindo! Decido sair e dou por mim a observar a primeira flor do ano, a flor da amendoeira. A flor que em tempos remotos, de mouras encantadas e lendas que nossos antepassados queriam fazer parecer neve. A neve que alegrou a princesa do reino dos algarves, que da sua terra distante tantas saudades tinha, saudade essa que a consumia.

O amor do rei trouxe até ela esta pura e singela flor, que no início do ano desbrocha e em dias como este, lembra uma primavera alegre, cristalína e que se aproxima lentamente.

Como é bela esta flor, de suave perfume e de tão rara visão, pois sim, que o homem faz o favor de acabar com a sua existência. Uma árvore, onde o seu fruto, a amêndoa, tão apreciada em doces e iguarias é no entanto esquecida. E com ela nasce uma graciosidade natural, que somente uma vez por ano dá-nos o prazer da sua presença e de seu explendor. De um branco cintilante e por vezes com um tom rosado, como se surgisse meio envergonhada e ao mesmo tempo radiante e harmoniosa.

É assim a flor que vos falo e que me lembra a infância, em que brincava pelos campos cobertos com este branco de encantar e que não volta mais, mas sempre que renasce trás também uma esperança de paz e harmonia de quando eramos crianças.

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