quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O mar dos meus sonhos

Deixem lá ver... Julho de 2008. Foi quando parei. Sim, parei de escrever. Na verdade, parei muita coisa.
Janeiro de 2009 e gostava de dizer que tudo mudou.
Mudaram sim algumas coisas, mas posso-vos asseguradamente garantir que o barco continua à deriva. Numa tempestade que parece não ter fim.
Verdes são os prados com que sonho todas as noites. As noites que ainda consigo sonhar. Mas o mar continua cinzento e revolto. Longe vai a calma do mar azul e cintilante e longe continuo eu de avistar terra, a terra prometida! E como gostaria de ser a Sininho do Peter Pan, com sua varinha mágica dos contos de fada.
Não queria sentir o salgado do mar, mas o mar não me deixa. Um mar calmo e azul, sim. Um mar frio, cinzento e sem paz, não. O mar revolto chega até mim como um trovão todas as noites, salgado, frio, escuro, sem luz.
Queria acordar num sonho de cor. Será que ele existe? Preciso da onda fresca e vigorosa que me limpe a alma e o coração!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Perdi um momento...

Perdi um momento da vida para entender a minha alma, a minha razão de estar aqui. Sei que tenho de continuar o caminho, só não sei para onde. Talvez para onde o vento me levar, seguir a maré, olhar o céu e voar como os pássaros na sua jornada da vida.
Um dia pensei que sabia o que ía ser, onde ía estar, tinha a certeza do projecto que me foi destinado, mesmo não sabendo qual a verdadeira missão.
Agora já não tenho certeza de nada, o projecto é apenas viver, mas a verdadeira missão, sim, essa já sei qual é.
Feliz! É ser feliz! E acreditem, não é necessário muito para que isso aconteça. A felicidade está dentro de nós. Não vale a pena procurá-la lá fora, não vale a pena percorrer vales e montanhas para encontrá-la. Ela está dentro de nós. Não nos outros.
Os outros ajudam-nos a crescer, a evoluir, assim como eles próprios o fazem. Mas somos nós que temos de seguir a nossa jornada sozinhos. Não vale a pena procurarmos o amor nos outros. Quando encontramos o amor em nós, os que nos rodeiam entendem esse amor e também nos irão amar com as suas almas e a felicidade fluirá como a água do rio que corre leve para o mar, sem obstáculos. Apenas corre...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Sapatos Prada!

Andava freneticamente pelas ruas da cidade, com uma pressa que na realidade não tinha. Apenas sentia essa necessidade, nem sei porquê! Linda nos meus sapados agulha, Prada, com o meu esvoaçante vestido Oscar de la Renta e a minha mala Gucci, deslumbrante, maravilhosa, como toda a mulher se deve sentir!
Faltava qualquer coisa... E voilá! O cabelo, entrei no salão e pintei o meu sedoso cabelo num louro platinado, como uma sensual Marilyn Monroe. Senti-me melhor ainda. Só faltava o corpo, sim porque o resto teria de ir com o tempo...
Deliciei-me num maravilhoso day spa, com tudo a que tive direito, envolvimentos de algas, face lifting, hot stone massagem e um aromático chá de canela para me despertar os sentidos!
Noite a dentro, ao contrário do que se possa pensar, um jantar romântico? Não, não! Um jantar de amigas, regado com deliciosos cocktails e muitas, muitas gargalhadas à mistura. Um apontamento de fim de noite, dança, muita dança só nós, as amigas.
Tudo tão bom se realmente fosse essa a realidade das nossas vidas, não acham? Poder fazer o que nos desse na real gana, um sonho de qualquer mulher e meu certamente...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Sem paz...

Sem tempo, sem paz, senti uma enorme necessidade de aqui escrever, novamente.
Sei que o meu silêncio tem sido demasiado longo, mas assim fala a vida. E esse silêncio ainda é necessário, talvez agora mais do que nunca. De forma diferente, mas necessário.
Os dias passam, as noites, as madrugadas, o sol nasce, o sol põe-se e eu continuo aqui à espera do silêncio que não vem. Sinto que é dificil compreender-me, muitos não o conseguem, mas nem isso já me preocupa. Preocupa-me se a felicidade tem escolha, se é possivel optar. Penso que sim e ao mesmo tempo penso que não.
Volto atrás no tempo e verifico se valeu a pena. E sim valeu, valeu muito! Hoje tudo mudou, a vida, a idade, o sentimento, a paz e essa continuo à procura...
Não sei se algum dia a encontrarei, talvez baste um minuto para a sentir e talvez já a tenha sentido e nem tenha percebido, de tão preocupada estava a encontrá-la. Talvez num abraço, onde o sono vence e nos deixa sonhar, talvez, talvez...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Silêncio

O silêncio por vezes é tão necessário! Neste momento é!
Preciso silenciar para me encontrar, depois sim posso encontrar tudo e todos de uma outra forma ou então, simplesmente deixar para trás o que não é mais viável, o que não faz sentido, o que poderá ser um sorriso no percurso desta vida!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Lembrei a infância!

Hoje sinto a natureza à minha volta, sinto o vento forte, a chuva, o frio. Ouço o bater forte das ondas na areia, sinto a força do mar.
Recordei como era bom no inverno adormecer com o som do mar colado ao ouvido, através do buzio gigante que trazia até mim os sons do mar.
Lembrei a infância!
Hoje acho imensa graça como criava as minhas brincadeiras de menina, fingindo que eu mesma era a Primavera, rainha das flores e das cores. De como intitulava as outras meninas de flores, todas sob as minhas ordens e protecção. Lembro de como transformava as árvores em palácios encantados, e as rochas das encostas em coches de Cinderela. De como era a princesa mais rica do reino, pois todas as árvores enchiam-se de folhas e elas eram o meu tesouro escondido, dos potenciais intrusos do reino.
Tem graça, tem realmente muita graça! Era tudo tão fácil de transformar, de criar, de imaginar. Seria tudo tão bonito se pudessemos transformar a nossa vida em flores, árvores disfarçadas de palácios e um mundo cheio de cor e alegria, seria tão bom...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Chuva...

Não escrevo faz tempo, sinto falta. A emoção está toda cá, mas para além do tempo, os sentimentos conturbados não me deixam chegar a onde quero.
E saber o que quero, se quero, se sinto. Sinto sim, mas não tenho coragem. Medo sim, mas não consigo sair dele. E medo de quê? De ser feliz, de sentir uma felicidade, onde o que importa são os sentimentos, as pessoas e ir de encontro a uma liberdade que provavelmente nunca senti. Ir de encontro a um amor que o mais certo é nunca ter vivido.
Hoje é o meu aniversário. Nestas alturas pensamos muito, sentimo-nos nostálgicos, voltamos atrás no tempo e pensamos no que passou, no que não vivemos e poderiamos ter vivido e no que ainda está para vir.
Quero deixar entrar a luz do futuro, sem medo, sem nostalgia, sem voltar atrás no tempo e pensar num melhor dia ao acordar.
Chove lá fora, chove muito. Dizem que o dia está como nós nos sentimos muitas vezes, tristes, cinzentos. Eu penso que esta chuva é uma dádiva dos céus, vem simplesmente ajudar a limpar a alma, o corpo, vem lavar todas as cores cinzentas das nossas vidas e especialmente a nossa tristeza, pois a água é vida, é pureza, é como eu me sinto bem lá dentro, de onde vim e para onde vou.