Deixem lá ver... Julho de 2008. Foi quando parei. Sim, parei de escrever. Na verdade, parei muita coisa.
Janeiro de 2009 e gostava de dizer que tudo mudou.
Mudaram sim algumas coisas, mas posso-vos asseguradamente garantir que o barco continua à deriva. Numa tempestade que parece não ter fim.
Verdes são os prados com que sonho todas as noites. As noites que ainda consigo sonhar. Mas o mar continua cinzento e revolto. Longe vai a calma do mar azul e cintilante e longe continuo eu de avistar terra, a terra prometida! E como gostaria de ser a Sininho do Peter Pan, com sua varinha mágica dos contos de fada.
Não queria sentir o salgado do mar, mas o mar não me deixa. Um mar calmo e azul, sim. Um mar frio, cinzento e sem paz, não. O mar revolto chega até mim como um trovão todas as noites, salgado, frio, escuro, sem luz.
Queria acordar num sonho de cor. Será que ele existe? Preciso da onda fresca e vigorosa que me limpe a alma e o coração!